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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

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Boss AC - Carta ao Pai Natal


Herdando a paixão pela música de sua mãe, Ana Firmino, um dos grandes talentos do canto cabo-verdiano, Boss AC cedo revelou o seu invulgar talento. O primeiro registo discográfico remonta ao ano de 1994, com a sua participação em “Rapública”, compilação que reunia a nata dos então rappers nacionais e que revelou nomes como Black Company, Zona Dread ou Líderes da Nova Mensagem. De todos estes é, ainda hoje, dos poucos que continuam a assinar sucessos no rap nacional.

O álbum de estreia, “Mandachuva”, de 1998, gravado nos Estados Unidos, com a ajuda de Troy Hightower, um dos mais requisitados misturadores de Hip Hop dos EUA, revelou uma maturidade rara e prenunciou o redefinir de novos caminhos na música de AC.

Nos anos que se seguiram viveu experiências diversas – produziu, promoveu espectáculos e edições discográficas, compôs música para televisão (“Masterplan” e “Último Beijo”) e cinema (“Zona J” e “Lena”) e teve ainda tempo para participar em trabalhos de alguns dos maiores vultos da música nacional – como Xutos & Pontapés ou Santos e Pecadores, entre outros.

O seu segundo álbum de originais, de 2002, “Rimar Contra a Maré” – inteiramente gravado, produzido e misturado pelo próprio autor – foi um disco porventura mais autobiográfico e introspectivo, revelando uma faceta mais adulta do artista que se aventurou definitivamente na fusão com músicas luso-africanas de raiz mais tradicional. O sucesso firmava-se lenta e inexoravelmente.

O sucesso de “Rimar Contra a Maré” ultrapassou as fronteiras, reflectindo-se, por exemplo, na nomeação do vídeoclip de “Dinero”, para os African Video Awards, na categoria “Melhores Efeitos Especiais, no consagrado canal sul-africano “Channel0”, uma espécie de MTV africana.
Incansável na busca de novos desafios à sua capacidade criativa, Boss AC continua a embarcar em mais algumas surpreendentes aventuras, nomeadamente reforçando o seu papel de produtor. 
E de aventura em aventura, chega 2005, “Ritmo, Amor e Palavras” e a consolidação de um sucesso anunciado.

Se 2005 foi o ano em que Portugal se abriu para o Hip Hop, confirmando-o enquanto nova orientação cultural das gerações emergentes, foi também o ano de Boss AC. 
A materialização do sucesso começou com a edição de“Ritmo, Amor e Palavras”, o terceiro registo de originais, um disco que se assume como uma poderosa declaração de amor, feita de ritmos e palavras e que reúne uma impressionante galeria de colaboradores dos mais diversos quadrantes, onde se destacam figuras como Pos (Plugwon) dos americanos De La Soul, Da Weasel, Sam The Kid e Pedro Aires Magalhães, entre muitos outros.

A edição viria a saldar-se num estrondoso sucesso comercial. Em Agosto “R.A.P.” já era Disco de Ouro e em Outubro atingiu a notável marca de Disco de Platina, tendo vendido mais de 30.000 unidades até perto do final do ano. Dentro do género do Hip-Hop é, neste momento, um dos três discos mais vendidos de sempre em Portugal! O single de estreia, “Hip-Hop (Sou eu e és tu)”, ascendeu rapidamente aos primeiros lugares nos Tops, liderando as preferências em media como MTV Portugal, Cidade FM, e Antena 3, entre outros. Integrou, ainda, a banda sonora dos programas de TV com maior audiência nacional e entrou em múltiplas colectâneas editadas durante 2005.

Merecedor de uma crescente aceitação e exposição mediática, Boss AC passou à estrada, passando por alguns dos principais palcos e festivais nacionais, culminando no dia 1 de Outubro com a abertura perante um Pavilhão Atlântico esgotado para um dos maiores nomes do Hip-Hop internacional: 50 Cent. Este partia desmesuradamente em vantagem, mas a crítica foi unânime: Boss AC foi a estrela da noite!

Como corolário lógico de um ano de afirmação a todos os níveis, em Setembro de 2005 surgiu a nomeação para os prémios da MTV European Music Awards, na categoria de Best Portuguese Act. 
Mais do que um prémio simbólico, esta nomeação foi o natural reconhecimento por parte da comunidade musical portuguesa, por uma carreira ponderada, marcada pelo equilíbrio e, sobretudo, por um grande talento.

Prevendo um ano com muito trabalho, a Praça das Flores lançou mãos à obra e procurou estabelecer parcerias com algumas das maiores marcas de renome internacional, que procurassem associar-se ao nome Boss AC numa Tournée, que nos inícios de 2006 era já um dado adquirido. 
Neste sentido, o espectáculo apresentado durante o ano de 2005 foi revisto e melhorado em todos os sentidos. A banda de suporte foi reformulada, permitindo alcançar um outro patamar em termos musicais e as questões cénicas também foram pensadas de raiz, numa solução prevista quer para os grandes palcos, quer para espectáculos de dimensão mais modesta. O objectivo pretendido foi conseguir levar a nova entourage a todo o país.

Com as questões musicais e cénicas definidas e ultrapassadas, a Praça das Flores planeou, produziu e promoveu, com meios próprios, os espectáculos de Boss AC nos Coliseus do Porto e de Lisboa. Nunca um artista nacional da área do Hip-Hop se tinha aventurado a solo nos palcos dos Coliseus. Mais do que se tornarem um marco na carreira do artista, foi pretendido que estes espectáculos fossem únicos e irrepetíveis também para o público que teve o privilégio de os ver. A banda de suporte foi alargada com um trio de metais e dois percussionistas e os convidados musicais de áreas bem distintas (Gutto, Rui Veloso, Vitorino, Berg, Pac Man, Virgul, Sam The Kid e Ana Firmino), ajudaram a criar uma grandiosa festa. O desafio foi ultrapassado com distinção, com ambas as salas esgotadas de um público vibrante e envolvente.

Em Maio de 2006 realiza-se a gala de entrega dos prémios Globos D’Ouro da revista Caras, um dos principais galardões nacionais (cuja votação é feita pelo público) e que distinguem as personalidades do ano, ligadas às diferentes áreas (música, cinema, teatro, desporto, etc).
Boss AC esteve nomeado para dois prémios: melhor artista e melhor canção, com o tema “Princesa (Beija-me outra vez…)”, e se o primeiro acabou nas mãos de Mariza, no segundo foi o grande vencedor.
A MTV Portugal, pelo segundo ano consecutivo, nomeou Boss AC para Best Portuguese Act nos MTV European Music Awards, num prémio que acabaria por ser ganho pelos Moonspell.

Em 2007, a convite da Universal Music Portugal, participou no disco de um dos maiores Rappers Norte-Americanos: Akon. Na edição portuguesa do disco “Konvicted”, o tema “I Wanna Love You”, que na versão original contava com a participação de Snoop Dogg, contou com a participação de Boss AC, que para o efeito escreveu e interpretou um nova letra. Tal como nos Estados Unidos, “I Wanna Love You” foi um dos primeiros singles extraídos do disco e teve enorme aceitação por parte do público e muito air play.

Também nesse ano, a Sociedade Portuguesa de Autores distinguiu Boss AC com o galardão de “Autor Jovem do Ano”, numa cerimónia que decorreu no Teatro S. Luis, em Lisboa, e que serviu, também, para galardoar a carreira de Lídia Jorge.
No final de 2007 AC entrou em estúdio e começou a compor em linhas gerais, aquele que seria o seu quarto disco de originais. No início de 2008, numa campanha de promoção da Vodafone, já era possível ouvir o novo tema “Levanta-te” que viria a fazer parte desse mesmo disco. Em Outubro de 2008, deslocou-se, como das últimas vezes, aos Estados Unidos onde, na companhia de Troy Hightower, misturou e masterizou o disco “Preto no Branco” com edição aprazada para o primeiro trimestre de 2009.

No final de 2008 foi possível ouvir nas rádios o tema “Alguém me ouviu (Mantém-te firme)”. Incluído no disco “Preto no Branco” esta música, que contou com a participação de Mariza, foi o single do disco “UPA – Unidos Para Ajudar”. Um disco de duetos originais de artistas portugueses e que serviu para uma campanha de acção social.

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