Videos mais vistos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Zedisaneonlight - Give You My (love)


Foi o fim dos Zed! Apesar de Pedro Lousada ter relançado o projecto em Julho de 2007 com outros elementos (Nuno Andrade - guitarra; Carlos Eduardo - Baixo; Edgar Alfama - Bateria) a convite do festival trâns-atlântico Rock em S. Jorge Açores, a reunião dos elementos que deram origem ao projecto estava em marcha, após alguns encontros e ensaios. Mas com o aparecimento de um convite irrecusável, a banda decidiu novamente seguir outro rumo. Pedro Lousada (voz/programações) foi convidado para vocalista de Blasted Mechanism. Por sua vez, David Rossi (voz/guitarra/programações) está com o projecto Head a Smash, Xicote (guitarra/programações) está envolvido no projecto Putas de Luxo, Marco Cesário (bateria) brevemente irá apresentar uma banda rock cantada em português.
Para finalizar esta breve passagem pela musica, a banda promete lançar, para ainda este ano, um cd com raridades. Contem gravações caseiras ou seja de ocasião...que ficaram na gaveta desde 2002 até ...ontem. Assim anunciamos que Zed is dead. Todos se lembram no verão de 2003 daquela música que não saìa da cabeça (ai ai ai ai ai…) “Give You My (Love)” era o tema que estava no anúncio da Sumol e insistentemente a tocar na Antena3. Formaram-se em 1997, com raízes da margem sul, eram 3 os elementos que deram início aos Zedisaneonlight: David Rossi (voz e guitarra), Pedro Lousada (voz e máquinas) e Marco Cesário (bateria). Mais tarde com a necessidade do "ao vivo" entra Carlos Martins (baixo) depois substituido por Xicote (guitarra e programações). Em 1997 com as primeiras resenhas musicais em formato demo (Fresh Fish 1999 e Pig Demo em 2002), os Zedisaneonlight chegam finalmente à edição de um álbum. De título homónimo, o disco caracterizava-se por uma esquizofrenia de ideias conjugadas num todo harmonioso. Ideias capazes de produzir músicas como Give You My (Love), I Decide, C.A.T.S., Electronic Bambi ou Feal No Fear. O disco gravado em Viseu com produção de David Rossi e Pedro Lousada e em que participaram todos os elementos da banda, retrata tal e qual aquilo que são os Zedisaneonlight: irresistíveis, dinâmicos, descomplexados, futuristas e experimentais. Com a critica a acolher bem o cd casos de 4/5 no DN+ e excelente entrevista e capa do jornal Blitz a banda transpôs para palco um concerto esquizofrénico que incluía um convidado um psico dancer … e assim deixaram marcas na I e IV edição da Quinta dos Portugueses, I Galp Energia, Festival Sudoeste 02, Festival Paredes de Coura 03 entre outros apeadeiros.

Indignu - Duzentas Promessas Para um Mundo Melhor


São de Barcelos!
Nasceram em 2004 e morrerão quando assim tiver de ser.
Crescem nos anos noventa, seguidores do post-rock e de novas correntes alternativas.
O 1º álbum chama-se FETUS IN FETU.

Afonso (guitarra / voz / melódica), Jimmy (guitarra / voz / xilofone / orgão vintage / kazoo), Mateus (baixo / piano), Ketas (bateria).

in lastfm.pt


Este tema tem a especial participação de Nuno Rancho e a letra é de Valter Hugo Mãe.
PS: Agradeço ao leonte pelo seu contributo neste post, pois musicas como estas são uma mais valia neste blog,

Azevedo Silva - Carrossel


«Durante alguns anos traduzi press releases. Não foi o trabalho mais enriquecedor que tive, quanto mais não fosse porque ao fim de uns quantos descobri que diziam todos o mesmo: que os últimos trabalhos de cada artista eram sempre os melhores, aqueles que melhor expressavam a sua sensibilidade e individualidade, sempre um melhor produtor, sempre novos instrumentistas, sempre colaborações surpreendentes, sempre improváveis cruzamentos de referências, sempre algo novo ou inédito, sempre uma enriquecedora experiência espiritual, ou mundana, ou as duas coisas, sempre uma banda mais unida do que nunca; sempre um texto publicitário de formalidade, redundante, não particularmente interessante, com o objectivo de vender um produto a comerciantes, facilitar a vida aos jornalistas e chamar a atenção do público e crítica. 

Foi um Azevedo semi-desiludido, semi-derrotado que me chegou ao estúdio, um daqueles precoces a quem a crise de meia-idade chega com vinte anos de antecedência. Sublinhe-se que um actual desiludido é um antigo optimista, alguém que teve problemas a gerir ambições e expectativas e que agora anda às voltas com os clichés do costume: estarei-a-fazer-a-coisa-certa?deverei-corrigir-o-rumo? valerá-a-pena-o-risco-ou-deverei-calar-me-e-conformar-me? Mais os complementos circunstanciais: alicerces que caem, velhos que morrem, casamentos que falham, a sensação de não pertença, a desorientação, a ausência aparente de pontos de referência. Aqueles que nasceram na ressaca de Abril sofrem agora as consequências, os mesmos que antes eram a geração rasca são agora a geração subprime, entalada e encostada às cordas do ringue, sem futuro, sem opções e com as ideias asfixiadas. Resta a irritação latente provocada pela indiferença dos outros: pessoas singulares que cedem ou desistem, pessoas colectivas que se aproveitam disso, instituições maniqueistamente à deriva, uma cultura popular alienada que comunica pouco, mal ou aos urros. Como conseguir ser optimista numa circunstância destas? E como falar destas coisas sem pretensões de intelectualismo? Porquê correr o risco de parecer um velho do Restelo ou um idiota? Porque, apesar de se ter cansado de acreditar, o pessimista é apenas alguém que deseja estar enganado. 

Um conhecido filósofo deu-se um dia ao trabalho de escrever um prefácio a justificar a razão pela qual não faz qualquer sentido escrever-se um prefácio - o livro tem de ser capaz de se explicar por ele próprio, dizia ele - e demonstrou-o pormenorizadamente em sessenta páginas. 

Apenas para contextualizar, Azevedo Silva é um cantautor. No Brasil apelidaram-no de fado-indie, o que faz sentido, dada a estética predominantemente acústica, a tonalidade predominantemente negra, a textura urbana e a influência do rock. Em 2010 apresenta-se com Carrossel. Oiçam o disco, com sorte reconhecerão nele alguma coisa do que aqui está escrito.»
Locations of visitors to this page