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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dead Combo - Cuba 1970


Os Dead Combo nasceram em 2002 por ocasião de um tributo a Carlos Paredes - o génio da guitarra portuguesa.

Em 2004 lançaram o seu primeiro álbum “Vol.1″, aclamado pela crítica e público como um dos melhores discos do ano.

O som produzido pelo grupo pode ser descrito como se, a qualquer momento, Clint Eastwood entrasse numa casa de Fado, e no topo das escadas Severa lhe apontasse a porta do quarto.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Raul Marques & Os Amigos da Salsa - Porque Quero Estar Contigo


Raul Marques E Os Amigos Da Salsa são um projecto pioneiro no nosso país. A banda constituída, por nada menos que 10 elementos, é formada em 1992 por Raul Marques. O objectivo inicial era claro: divulgar a salsa junto de um público mais vasto, revisitando alguns dos melhores autores-latino-americanos desde os anos 40 até aos dias de hoje.
Quanto ao seu fundador, Raul Marques, é um experimentado músico que frequentou o Conservatório Regional de Viseu, a Escola Superior de Educação e a Escola de Jazz do Porto (onde chegou mesmo a leccionar aulas de guitarra, trompete e combo). Em 1994 Raul Marques, grava, ao lado do consagrado saxofonista Maceo Parker e dos Bandemónio, o álbum "Viagens", o primeiro trabalho discográfico de Pedro Abrunhosa .
Em 1996, Marques abandona a banda de Abrunhosa para se dedicar à gravação do álbum de estreia do seu projecto com Os Amigos da Salsa.
No ano seguinte é então editado "Ligações Perigosas", fruto de um aprofundado estudo da cultura musical afro-cubana. Com produção do cubano Óscar Gomez (que já produziu grandes nomes da salsa como Tito Puente ou Célia Cruz ) o álbum conta com temas fortes como "Porque Quero Estar Contigo" ou "Ligações Perigosas", que chegam mesmo a integrar bandas sonoras de telenovelas e séries televisivas, bem como várias compilações discográficas. 
São precisos mais quatro anos para que a banda volte a editar um disco de originais. Em Maio de 2001 é lançado "Hotel Corazón".

Gonçalo Passinhas
in cidadefm.clix.pt

domingo, 26 de dezembro de 2010

General D e os Karapinhas - Black Magik Woman



Foi um dos organizadores do primeiro festival rap em Portugal, realizado na Incrível Almadense, em Almada. A primeira banda de General D incluía Maimuna Jalles e Lince.

Em 1992 colaborou com os Pop dell'Arte no tema "Mc Holly". No ano seguinte gravou o tema "Norte Sul" com Tiago Lopes.

Em 1994 lançou o EP "PortuKKKal É Um Erro". Em 1995 é lançado o álbum "Pé Na Tchôn, Karapinha Na Céu", gravado com Os Karapinhas. O primeiro singe foi "Black Magic Woman" com a participação de Sam.

Em 1997 é editado o CD "Kanimambo". O teledisco de "Estado de Sítio" é incluído na compilação "Ritual Video Clips'97". Colabora em discos de Cool Hipnoise, Fernando Cunha e Ithaka. Colabora também na compilação "Onda Sonora".

General D prepara o seu terceiro álbum tendo chegado a gravar com a dupla jamaicana "Sly & Robbie" mas o disco nunca chega a ser lançado.

Em 2000 aparece integrado numa acção de solidariedade para com o povo moçambicano e onde realizou o respectivo teledisco.

in pt.wikipedia.org

sábado, 25 de dezembro de 2010

Pedro Eça e os Franco Atiradores - Trabalha Português


Pedro Eça nasceu em Angola em 1973. Ainda em tenra idade mudou-se para o Chile e depois para o Brasil, desde a infância, Pedro já nutria a paixão. Enquanto esteve no Brasil, Pedro descobriu o talento para tocar guitarra, e desde cedo começou a fazer sua própria música. Pouco antes do seu 18o aniversário, mudou-se para Portugal, onde continuou a compor. Em 2001 muda-se para a França para estudar a língua francesa e com a sua paixão pela música que não tardou a entrar no cenário musical do local. Tocando "covers" em bares e pubs irlandeses começa a adquirir experiência de palco. Pedro rapidamente ganhou uma reputação sólida como artista a solo o que em troca lhe deu a oportunidade de participar em Dijon no "Fugues- Festival Internacional de Música, Teatro e Dança", onde realizou o seu primeiro concerto a solo tocando temas originais. 
Após o seu regresso a Portugal em 2003, Pedro decide formar a sua banda. Juntamente com, Hugo Florêncio e Israel Cestinho fundam então os Franco Atiradores, e o projecto continua a avançar. Com o tempo o conjunto cresceu e muitos músicos talentosos juntaram-se a eles. Pedro Eça e Franco Atiradores começam então a tocar ao vivo em eventos na área de Lisboa onde são bem recebidos pelo público e pela imprensa também. Produzido por Marco Jung no Marduc Studios, em Julho de 2009, o primeiro álbum de Pedro Eça e Franco Atiradores "Que uma guerra Seja a Tua paz!" Foi lançado pela editora MEQ-idéias. 

Quando questionado sobre suas músicas, Pedro Eça responde que o seu objectivo é passar mensagens importantes da actualidade, verdades da nossa sociedade, olhando o mundo de uma maneira crítica aborda temas e realidades desagradáveis, muitas vezes ignoradas por todos nós por termos medo do que podemos encontrar quando nos olhamos ao espelho, mas também, passar mensagens de esperança e paz. Embora o primeiro álbum tenha sido gravado em Português, Pedro também compõe em outras línguas. Cantando em Português, Francês, Inglês e Espanhol, com uma abordagem eclética Pedro Eça viaja através de funk, bossa-nova, ska, reggae, rock e pop. 

Até á data, os Franco Atiradores puderam contar com as colaborações de: Ruben Santos "El Pavoni" (baixo eléctrico), Eddy Gondim (bateria), Pedro Santos (bateria), Tom (percussões), Zequinha (sax alto e tenor), Filipe Valentim (sax alto e barítono), Miguel Gonçalves (trompete), António Morais (trompete), Ruben Santos (trombone), Rui Gonçalves (trombone), Luis Pinto (tuba), Cláudio Nunes (violoncelo), Tiago Flores (violino), Diana Freire e Abílio Caseiro (guitarra Portuguesa)Ricardo Moreno/Hugo Florêncio - guitarra eléctrica Israel Cestinho - teclados/acordeão/clarinete Carl Nevvit - baixo eléctrico Moacir - bateria Paulo Muiños - sax alto Ruben Supelos - trompete António Bravo - trombone de vara. 


A "Que a tua guerra seja a paz! Tour 2010" já está em movimento e a realizar concertos de norte a sul e conta com os seguintes talentos: Moacir (bateria), Carl Nevitt (baixo), Bernardo Adario (baixo eléctrico), Israel Cestinho (teclados), Hugo Florêncio (guitarra), Ricardo Moreno (guitarra), Paulo Muiños (sax), António Bravo (trombone) e Ruben Supelos (trompete).

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

João Só e Abandonados - A Todos Um Bom Natal

Boss AC - Carta ao Pai Natal


Herdando a paixão pela música de sua mãe, Ana Firmino, um dos grandes talentos do canto cabo-verdiano, Boss AC cedo revelou o seu invulgar talento. O primeiro registo discográfico remonta ao ano de 1994, com a sua participação em “Rapública”, compilação que reunia a nata dos então rappers nacionais e que revelou nomes como Black Company, Zona Dread ou Líderes da Nova Mensagem. De todos estes é, ainda hoje, dos poucos que continuam a assinar sucessos no rap nacional.

O álbum de estreia, “Mandachuva”, de 1998, gravado nos Estados Unidos, com a ajuda de Troy Hightower, um dos mais requisitados misturadores de Hip Hop dos EUA, revelou uma maturidade rara e prenunciou o redefinir de novos caminhos na música de AC.

Nos anos que se seguiram viveu experiências diversas – produziu, promoveu espectáculos e edições discográficas, compôs música para televisão (“Masterplan” e “Último Beijo”) e cinema (“Zona J” e “Lena”) e teve ainda tempo para participar em trabalhos de alguns dos maiores vultos da música nacional – como Xutos & Pontapés ou Santos e Pecadores, entre outros.

O seu segundo álbum de originais, de 2002, “Rimar Contra a Maré” – inteiramente gravado, produzido e misturado pelo próprio autor – foi um disco porventura mais autobiográfico e introspectivo, revelando uma faceta mais adulta do artista que se aventurou definitivamente na fusão com músicas luso-africanas de raiz mais tradicional. O sucesso firmava-se lenta e inexoravelmente.

O sucesso de “Rimar Contra a Maré” ultrapassou as fronteiras, reflectindo-se, por exemplo, na nomeação do vídeoclip de “Dinero”, para os African Video Awards, na categoria “Melhores Efeitos Especiais, no consagrado canal sul-africano “Channel0”, uma espécie de MTV africana.
Incansável na busca de novos desafios à sua capacidade criativa, Boss AC continua a embarcar em mais algumas surpreendentes aventuras, nomeadamente reforçando o seu papel de produtor. 
E de aventura em aventura, chega 2005, “Ritmo, Amor e Palavras” e a consolidação de um sucesso anunciado.

Se 2005 foi o ano em que Portugal se abriu para o Hip Hop, confirmando-o enquanto nova orientação cultural das gerações emergentes, foi também o ano de Boss AC. 
A materialização do sucesso começou com a edição de“Ritmo, Amor e Palavras”, o terceiro registo de originais, um disco que se assume como uma poderosa declaração de amor, feita de ritmos e palavras e que reúne uma impressionante galeria de colaboradores dos mais diversos quadrantes, onde se destacam figuras como Pos (Plugwon) dos americanos De La Soul, Da Weasel, Sam The Kid e Pedro Aires Magalhães, entre muitos outros.

A edição viria a saldar-se num estrondoso sucesso comercial. Em Agosto “R.A.P.” já era Disco de Ouro e em Outubro atingiu a notável marca de Disco de Platina, tendo vendido mais de 30.000 unidades até perto do final do ano. Dentro do género do Hip-Hop é, neste momento, um dos três discos mais vendidos de sempre em Portugal! O single de estreia, “Hip-Hop (Sou eu e és tu)”, ascendeu rapidamente aos primeiros lugares nos Tops, liderando as preferências em media como MTV Portugal, Cidade FM, e Antena 3, entre outros. Integrou, ainda, a banda sonora dos programas de TV com maior audiência nacional e entrou em múltiplas colectâneas editadas durante 2005.

Merecedor de uma crescente aceitação e exposição mediática, Boss AC passou à estrada, passando por alguns dos principais palcos e festivais nacionais, culminando no dia 1 de Outubro com a abertura perante um Pavilhão Atlântico esgotado para um dos maiores nomes do Hip-Hop internacional: 50 Cent. Este partia desmesuradamente em vantagem, mas a crítica foi unânime: Boss AC foi a estrela da noite!

Como corolário lógico de um ano de afirmação a todos os níveis, em Setembro de 2005 surgiu a nomeação para os prémios da MTV European Music Awards, na categoria de Best Portuguese Act. 
Mais do que um prémio simbólico, esta nomeação foi o natural reconhecimento por parte da comunidade musical portuguesa, por uma carreira ponderada, marcada pelo equilíbrio e, sobretudo, por um grande talento.

Prevendo um ano com muito trabalho, a Praça das Flores lançou mãos à obra e procurou estabelecer parcerias com algumas das maiores marcas de renome internacional, que procurassem associar-se ao nome Boss AC numa Tournée, que nos inícios de 2006 era já um dado adquirido. 
Neste sentido, o espectáculo apresentado durante o ano de 2005 foi revisto e melhorado em todos os sentidos. A banda de suporte foi reformulada, permitindo alcançar um outro patamar em termos musicais e as questões cénicas também foram pensadas de raiz, numa solução prevista quer para os grandes palcos, quer para espectáculos de dimensão mais modesta. O objectivo pretendido foi conseguir levar a nova entourage a todo o país.

Com as questões musicais e cénicas definidas e ultrapassadas, a Praça das Flores planeou, produziu e promoveu, com meios próprios, os espectáculos de Boss AC nos Coliseus do Porto e de Lisboa. Nunca um artista nacional da área do Hip-Hop se tinha aventurado a solo nos palcos dos Coliseus. Mais do que se tornarem um marco na carreira do artista, foi pretendido que estes espectáculos fossem únicos e irrepetíveis também para o público que teve o privilégio de os ver. A banda de suporte foi alargada com um trio de metais e dois percussionistas e os convidados musicais de áreas bem distintas (Gutto, Rui Veloso, Vitorino, Berg, Pac Man, Virgul, Sam The Kid e Ana Firmino), ajudaram a criar uma grandiosa festa. O desafio foi ultrapassado com distinção, com ambas as salas esgotadas de um público vibrante e envolvente.

Em Maio de 2006 realiza-se a gala de entrega dos prémios Globos D’Ouro da revista Caras, um dos principais galardões nacionais (cuja votação é feita pelo público) e que distinguem as personalidades do ano, ligadas às diferentes áreas (música, cinema, teatro, desporto, etc).
Boss AC esteve nomeado para dois prémios: melhor artista e melhor canção, com o tema “Princesa (Beija-me outra vez…)”, e se o primeiro acabou nas mãos de Mariza, no segundo foi o grande vencedor.
A MTV Portugal, pelo segundo ano consecutivo, nomeou Boss AC para Best Portuguese Act nos MTV European Music Awards, num prémio que acabaria por ser ganho pelos Moonspell.

Em 2007, a convite da Universal Music Portugal, participou no disco de um dos maiores Rappers Norte-Americanos: Akon. Na edição portuguesa do disco “Konvicted”, o tema “I Wanna Love You”, que na versão original contava com a participação de Snoop Dogg, contou com a participação de Boss AC, que para o efeito escreveu e interpretou um nova letra. Tal como nos Estados Unidos, “I Wanna Love You” foi um dos primeiros singles extraídos do disco e teve enorme aceitação por parte do público e muito air play.

Também nesse ano, a Sociedade Portuguesa de Autores distinguiu Boss AC com o galardão de “Autor Jovem do Ano”, numa cerimónia que decorreu no Teatro S. Luis, em Lisboa, e que serviu, também, para galardoar a carreira de Lídia Jorge.
No final de 2007 AC entrou em estúdio e começou a compor em linhas gerais, aquele que seria o seu quarto disco de originais. No início de 2008, numa campanha de promoção da Vodafone, já era possível ouvir o novo tema “Levanta-te” que viria a fazer parte desse mesmo disco. Em Outubro de 2008, deslocou-se, como das últimas vezes, aos Estados Unidos onde, na companhia de Troy Hightower, misturou e masterizou o disco “Preto no Branco” com edição aprazada para o primeiro trimestre de 2009.

No final de 2008 foi possível ouvir nas rádios o tema “Alguém me ouviu (Mantém-te firme)”. Incluído no disco “Preto no Branco” esta música, que contou com a participação de Mariza, foi o single do disco “UPA – Unidos Para Ajudar”. Um disco de duetos originais de artistas portugueses e que serviu para uma campanha de acção social.

domingo, 19 de dezembro de 2010

The Soaked Lamb - A Coffin for Two


Os Soaked Lamb revêem-se nos blues mais rurais e primitivos sem no entanto ser um processo muito planeado. Os Soaked Lamb surgiram um pouco ao contrário do que é normal. Gravámos o disco e só depois nos assumimos como banda. Todo o som que foi criado não foi muito pensado. Assim, a banda resulta numa reunião de gostos pessoais e da música que os seus elementos ouvem em casa.

Entrevista n' a-trompa.net:

Depois do surpreendente “Homemade Blues”, os The Soaked Lamb preparam-se para nos fazer chegar um novo álbum. O disco chama-se “Hats & Chairs” e tem edição prevista para 5 de Abril. Entretanto, a trompa aplicou-lhes a chapa do costume:

1. Numa frase apenas, como caracterizam o álbum “Hats & Chairs”? 
Um álbum sentado à mesa, com muita gente, tendo o Blues como anfitrião e muitos convidados, como o Swing, o Ragtime, o Jazz, e até uma Valsa que ficou para o café. O disco não tirou o chapéu, mas não é por indelicadeza. É uma questão de personalidade.

2. O som dos The Soaked Lamb é marcado por uma estética muito própria, no entanto, se quiséssemos ser um pouco mais específicos, que nomes vos surgem como principais influências?
São mesmo muitas as nossas influências. Talvez por isso seja um pouco difícil de definir o som que fazemos. Pelo menos, numa só palavra.
São nomes como: Rev Gary Davis, Blind Blake, Django Reinhardt, Screamin’ Jay Hawkins, Vinicio Capossela, Ruth Etting, Tom Waits, Billie Holiday, Bessie Smith, Howlin’ Wolf, Leadbelly, Sanseverino, Colette Magny, Nina Simone, Chavela Vargas, Libby Holman, Paolo Conte, Ethel Waters, Ogres de Barback, Vera Hall, Chico Buarque, The Mills Brothers, Klezmatics, Squirrel Nut Zippers. E muitos, muitos mais.

3. Em relação a “Homemade Blues”, o álbum anterior, sentem que “Hats & Chairs” é de alguma forma um disco de ‘viragem’ ou é um disco de ‘continuidade’? Porquê?
Talvez de viragem em continuidade. Existe uma grande diferença que faz toda a diferença.
O primeiro disco foi gravado em casa e antes mesmo de existir banda. Foi uma ideia do Miguel Lima (bateria) e do Afonso Cruz (voz, guitarra, ukulele, lap steel) que foi tomando forma, e à qual se foram juntando pessoas. Um dia foi preciso tocar o disco ao vivo e só aí surgiu o primeiro ensaio da banda.
Este segundo, é o produto duma banda, que já têm uma personalidade própria, um número fixo de elementos (apesar de contar esporadicamente com alguns convidados), muitos concertos, e que foi desenvolvendo o novo álbum desde os concertos de promoção do primeiro disco, até ao momento das gravações. E foi todo gravado em estúdio.
Ou seja, o primeiro disco deu origem à banda, e este segundo é um produto dessa mesma banda.
Claro que isto muda bastante o resultado final. Mas as influências e os gostos musicais são os mesmos. E a estética final não difere assim tanto. Penso que se manteve a personalidade, sendo que a roupa tem outras cores. Mais cores que o azul do primeiro CD.

4. O novo disco contou com uma série de convidados. Como ‘aparecem’ no disco e que influência tiveram no resultado final?
Aparecem aqui e ali, em algumas músicas do disco. São amigos que admiramos também como músicos, e que conseguimos enganar sem eles darem por isso. Enfiámos-lhes um chapéu. As músicas em que participam, ganharam uma dimensão que não tinham só com os 6 membros da banda. Os temas não seriam muito diferentes sem eles, é certo. Mas seriam com certeza mais pobres. Eles foram, nessas músicas, aquela base de copo de cerveja que se dobra em quatro e que se coloca debaixo da perna duma mesa que abana um bocadinho. Não muda a mesa mas ajeita-a.

5. Que sensações esperam que as pessoas retirem da audição de “Hats & Chairs”?
Seríamos incapazes de dizer que esperamos que gostem muito, que comprem para oferecer aos amigos e familiares e que recomendem a torto e direito a toda a gente. Totalmente incapazes.

6. Se tivessem que escolher a faixa que melhor encarna o espírito do novo disco, qual escolheriam? Porquê, mais sucintamente?
É muito difícil de escolher uma faixa que seja representativa da totalidade do disco. O álbum, apesar de ser esteticamente coerente, é formalmente bastante variado. Mas se nos torcerem um braço para responder à pergunta, penso que a escolha recairia na faixa de abertura “Blue Voodoo” – tem a madeira, os pregos, a cola, e ainda a fazenda com que construímos o disco. E ainda conta com o Nuno Reis a abrilhantar o tema – a cereja no topo do chapéu.

7. Como vai ser o futuro próximo dos The Soaked Lamb? 
Concertos e mais concertos, fazer quilómetros, carregar material, fazer som, carregar material, fazer mais quilómetros, dar entrevistas, fazer show-cases de norte a sul do país, e ainda dar alguns autógrafos a algumas crianças que ainda não fazem ideia do que estão a ouvir e que deviam era estar a ver um qualquer programa idiota na televisão. O resto, só perguntando à Maya.

Nigga Poison & Romi - Fazes Parte Deste Mundo


Nigga Poison surge como nome designado em 1994 formado por Karlon e Praga, dois jovens originários do Bairro Pedreira dos Húngaros arredores de Lisboa, Miraflores, descendentes de Cabo verdianos. Influenciados pelos videos e música Rap ao qual se retratavam nas líricas e nas imagens demonstrada nos anos 80/90 por artistas tais como Public Enemy, MC Hammer, Vanilla Ice, Snap, Snoop Dogg, Dr Dre, Tecnotronic. Com o decorrer dos anos este jovens escreviam as suas letras e compunham as suas musicas que apresentavam em concertos para a sua comunidade, tais como nas festas de Nossa Senhora de Paz, evento que ainda decorre nos dias de hoje no seu actual Bairro. 

1997- participaram na Mixtape de Dj Kronik, editada em cassete, 
1998- participam no documentário "Outros Bairros" realizado por Kiluange Liberdade,Vasco Pimentel e Inês Gonçalves. No mesmo ano gravam também 3 video clips para Expo 98(Praça Sony), realizados por Teresa Vila Verde. 
2001- surgem com a edição do primeiro EP "Podia Ser Mi" pela Editora independente de Karlon(Kreduson Produson) com 5 temas. Apoio da Filmebase e Chapitô. 2001-álbum de Xeg "RITMO&POESIA" com o tema "Respeita". 
2004- DJ Kronik na compilação "INOXIDAVEL II" tema "Life di Poison" 
2004- "Poesia Urbana" tema "Ke Ki Rapazis kre" a cargo de Valete e Adamastor. 
2004- DJ Nel..Assassin "Time Code" com o tema "Mas quenha qui sata papia". 
2005- participam no Álbum de Sagas "Rosto Limpo" com tema "Nhos atcha". 
2005- Recebe Diploma do Encontro de Culturas da (Cova da Moura) 
2006- 1ºAlbum “Resistentes” , que entrou para os tops nacionais(Nº1 Antena 3) com o Single “Tu Fazes Parte” com participação da Romi, (Terra Kota) 
2007-Oh Ditadura II do Album Resistentes colabora como fundo sonoro na série "Uma Aventura"(SIC). 
2007- Iniciativa SIC e a revista Caras o álbum "Resistentes" é nomeado para os Globos de Ouro como Banda Revelação. 
2008- recebe o Diploma de banda musical com exitos assinalaveis pela Junta de Freguesia de Porto Salvo(Oeiras), sua área de residente. 
2009- Participão com as musicas "yes man & onde e que estas"do album Resistentes na banda sonora do filme "A ESPERANÇA ESTA ONDE MENOS SE ESPERA"de Joaquim Leitão. 
2010 -Hip Hop VOL 1 Por Dj Bomberjack(Só Hip Hop & Fnac) Espéctaculos:. Paris, Luxemburgo, Nice, Espanha,Bruxelas e Andorra e Norte&Sul (Açores)de Portugal. 

NIGGA- é dado o nome pelo companheirismo, entre os jovens dessa geração para qualquer etenia ou cultura. POISON- surge pelo veneno assim traduzido, que tem como alvo retratar tudo o que está SOCIALMENTE incorrecto e que seja tabu para a sociedade.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Diabo na Cruz - Tão Lindo

Guta Naki - Novo Mundo



Em 2008 juntaram-se Nuno, Cátia e Dinis.
Na ideia nada de dizível.
O que fazem é canções, e canção não é nada, o que interessa é o fazer.
O que há é uma memória tresmalhada entre o que se ouve e olha, entre o que se lê e escreve.
Em 2009 afinam-se os primeiros concertos, e o primeiro contacto com o público deslinda que esta música não pode estar enfiada no quarto. Irrequieta, precisa da rua.
Isto é só tirar a ferros o que não se tem de dizer, mas ouvir. Isto (não) é Guta Naki.

in lastfm.pt

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Omiri - A La Muse


Omiri é um projecto de Vasco Ribeiro Casais (Dazkarieh) e Tiago Pereira (vídeo-jocking), uma proposta arrojada onde o baile tem um cenário: a tela de projecção onde dançam Wim Wandekeybus, William Forsythe, ou o Sr. António a bailar o Galandum. A mistura de instrumentos estranhos e programações de Vasco Ribeiro Casais com a visão irreverente de Tiago Pereira misturam música "trad" e vídeo em tempo real, sintetizadores e matanças do porco, chouriças e Nyckelarpas com distorção, pessoas das aldeias que dançam e cantam ladaínhas actuais porque são e sempre foram de hoje. Tocar, dançar - e criar - é o que parece dizer este projecto, que atira convenções bafientas às urtigas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aquaparque - Fantasma


Aquaparque são uma banda do Porto formada em Outubro de 2006 por Pedro Magina e André Abel, ambos ex-dAnCE DAMage. Editaram no final de 2007 um single por expensas próprias, com temas gravados em estúdio, e um EP pela Lovers & Lollypops, registado ao vivo em concerto no mês de Maio do mesmo ano.

Encontram-se a ultimar os trabalhos na produção do seu primeiro disco, a editar no início de 2009, obra que revelará a empatia pela métrica lusa desenvolvida por Rui Veloso, do início, ou Né Ladeiras, período Sonho Azul…

domingo, 12 de dezembro de 2010

Lúcia Moniz - Dizer que Não

Kussondulola - Dançam no Huambo


Kussondulola é uma banda de reggae portuguesa. O lider da banda é o angolano Janelo da Costa.

Em 1995 lançaram o seu álbum de estreia. O disco incluía sucessos como "Dança No Huambo" e "Perigosa", entre outros.

O grupo toca em Vilar de Mouros, lança o disco em Espanha e vence o Prémio Banda Revelação dos Prémios Blitz.

DISCOGRAFIA
* “Tá-se bem” EMI 1995
* “Baza não Baza” EMI 1998
* “O amor é Bué” EMI 2001
* “Cumué? O Melhor dos Kussondulola” EMI 2004
* "Survivor" SOM LIVRE 2005
* "Guerrilheiro” Zona Musica 2006

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Hanging By A Name - The Sleeper


HANGING BY A NAME é acima de tudo o resultado final da colaboração entre os 3 músicos que compõem a banda. Duarte Feliciano, João Santiago e Adílio Sousa dão vida aos Hanging by a name como trio por escolha própria e não por acidente.

Nem deverá ser tomado como acidente o facto da música feita pelos 3 espelhar alguns dos ambientes e comportamentos a que a cidade universitária de Coimbra os expôs. A atitude que tomam em relação à música é descomplexada, pragmática e até por vezes cáustica, sem grandes considerações relativamente a géneros musicais e sem qualquer tipo de reserva em pedir emprestadas linguagens a vários por forma a melhor exprimir uma ideia ou um sentimento.

Urbana por natureza, a música que fazem revela-se através de paisagens sonoras pautadas por sons de guitarra atmosféricos e carregados de textura que rapidamente alternam com explosões de assinaturas rítmicas complexas ditadas pela bateria e suportadas por linhas de baixo ao mesmo tempo elaboradas e poderosas, num esforço colectivo para capturar em música todas as nuances e intensidade das histórias de vida que povoam as letras que completam as ferramentas de trabalho deste trio.

Hanging by a name apresenta uma linguagem feita de pequenos pedaços de exposição à música, ao cinema, à literatura e à fotografia que se condensam em algo de novo e cheio de individualidade. Uma visão própria de um rock alternativo que se propõe a encontrar o seu espaço no mundo da música.

in http://cogwheelrecords.co.cc
com especial agradecimento ao José Duarte

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Da Weasel - Duía


Os Da Weasel nascem em meados de 1993, como um projecto 100% em inglês e numa onda experimentalista tendo na sua formação Pac, Jay Jay Neige, Armando, e Yen Sung. Um ano depois, dá-se a primeira aventura discográfica com o EP "More Than 30 Motherf***s". 

Em 1995 editam o seu primeiro álbum – "Dou-lhe com a Alma" – assinalando a transição para o português como língua dominante e sendo a primeira gravação de hip-hop de uma banda portuguesa. Juntam-se à formação inicial Pedro Quaresma (guitarra) e Guilherme Silva (bateria).

"3º Capítulo" é editado em 1997 sendo um disco duro, de discurso duro e onde Pac se afirma como um dos maiores e mais engenhosos letristas do panorama musical português. Ainda antes da gravação deste álbum, volta a haver mexidas na formação: sai Yen Sung e entra Virgul. Em 1998, é feita uma reedição deste álbum junta-se com um CD extra de remixes de quatro temas: "Dúia" , "Pregos", "Casos de Polícia"e "Para a nóia". 

Em Setembro de 1999 lançam "Iniciação a uma vida banal – o Manual". Um disco genial, que recebeu a aclamação da crítica. Em Agosto de 2000 atingem os dois primeiros galardões de prata (hoje Dupla Platina) da sua carreira, atribuídos aos dois últimos álbuns editados pelo grupo: "3.º Capítulo" e "Iniciação a uma vida banal – o Manual". 

"Podes fugir mas não te podes esconder" é editado em 2001 tornando-se o primeiro disco de Ouro (hoje Dupla Platina) da banda. Do álbum destaca-se a excelente produção de Mário Barreiros e a participação dos Orishas no tema "Sigue, Sigue!". No inicio da Tournée entra para a formação do grupo Dj Glue tornando assim no sexteto actual. 

Em 2004 chega “Re-Definições” com colaborações de João Gomes (Cool Hipnoise e Spaceboys), André Rocha, Manel Cruz (ex-Ornatos Violeta, Pluto) e da locutora/apresentadora Anabela Mota Ribeiro. Já em 2005 Re-Definições atinge a quadrupla platina - mais de oitenta mil (80 000) unidades vendidas, e dando ao grupo o Prémio Best Portuguese Act da MTV, 2 Globos de Ouro (Melhor Grupo e Melhor Canção do Ano) entre muitos outros prémios. 

A 2 de Abril de 2007 editam o álbum "Amor, Escárnio e Maldizer". O disco conta com um vasto rol de colaborações - o maestro Rui Massen e a Orquestra Sinfónica de Praga, Bernardo Sasseti, Atiba, o escritor José Luis Peixoto, Gato Fedorento, Buraka Som Sistema e do prestigiado productor DJ norte americano Vikter Duplex – e atinge a marca de platina na dia de edição colocando os Da Weasel pela primeira vez ao 1º lugar do top nacional de vendas. 
Este é ainda um ano de extensa digressão que têm o seu ponto alto com o espectáculo, pela primeira vez, no Pavilhão Atlântico a 10 de Novembro. Uma super- produção perante uma sala cheia. Dias antes deste concerto, os Da Weasel recebem na Alemanha o MTV Award na categoria de "Best Portuguese Act", tornando-se no único artista/ banda portuguesa a somar duas vitórias nestes prémios. 

O final de mais uma etapa? Não, apenas o princípio de mais um capítulo de um livro onde ainda irá correr muita tinta…

Mercado Negro - Oh Lua



A Miscigenação e Multiculturalidade são expressões vividas e recorrentes nas músicas dos Mercado Negro, fruto e reflexo da cidade onde vivem que é Lisboa…essa Lisboa cada vez mais diversificada, multicultural, cada vez mais rica.

Exemplo de convivência harmoniosa entre culturas, espelho da força criativa contemporânea, os Mercado Negro trazem novos elementos, novas linguagens na música de expressão urbana, com a frescura  que sempre os caracterizaram.

    Mesmo sendo o Reggae a espinha dorsal da sua música, o que os Mercado Negro fazem é mais do que isso, fazem música numa mistura das suas raizes Afro, com sons da lusofonia, condimentadas com as especiarias do Mundo, resultando numa música com o sabor à comida caseira.

Na simplicidade das palavras vem a Consciência Positiva, o Amor, a Celebração da Vida, o Respeito pela Natureza, a Harmonia.

Os espectáculos dos Mercado Negro são aquilo que todos nós já conhecemos, quentes, festivos, enérgicos e interventivos, são como sempre uma verdadeira comunhão e partilha de emoções e  boas vibrações.

Capazes de juntar diferentes gerações na plateia, ninguém fica indeferente à mensagem, ao sonho, à fantasia, à viagem, ao ritual Mercado Negro, sendo normal nos seus espectáculos, ver no público um brilhozinho nos olhos e sorrisos cúmplices, um sentimento de leveza e libertação.

Os Mercado Negro já passaram pelos principais festivais nacionais tais como Festival Sudoeste, Delta Tejo, Super Bock Super Rock, Sagres Surf Festival, Festival Paredes de Coura, Galp Energia, Festa do Avante, Festival SurfóReggae, Queimas das Fitas de Lisboa, Porto,Coimbra, Faro, Évora, etc, espectáculos em Espanha e Itália, e mais recentemente na China (Macau).

A primeira aparição pública deu-se em 1999 no lendário Ritz Club e a tão esperada estreia em disco chega finalmente em  Março de 2004 com o álbum homónimo, donde foram extraídos 2 hits, os êxitos massivos “Beija-Flor e “Oh Lua”, cantarolados por crianças, jovens e adultos.

Depois de 2 anos e bastantes concertos por todo o País, os Mercado Negro, gravam e editam no dia 29 de Maio de 2006, o 2º disco ao qual chamaram “Aquecimento Global” que chegou ás lojas licenciado pela multinacional “Universal Music”.

Desse disco foi retirado o megahit “Leoa Tigresa” que foi aconpanhado por um excelente video, produzido pela Pix Mix,e que ecoa até hoje nos nossos ouvidos, confirmando e alargando a já abrangente legião de fãs dos Mercado Negro.

Em Setembro de 2010 sai o 3º Álbum dos Mercado Negro intitulado “Conversas de Quintal” e o 1ª single a ser extraído é o tema “Daquela Montanha”, naquele que é certamente o melhor Álbum da banda.

Os  Mercado Negro continuam essa viagem intensa e prazerosa, da celebração da Vida, da partilha das vibrações positivas e convidam-nos a embarcar nela.

Estamos todos convidados. O bilhete é o coração.

One Love
Jah Live

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Birds Are Indie - Snooker and Curling


“Birds Are Indie consiste num duo, um rapaz e uma rapariga que se apaixonaram há 12 anos. Nenhum deles sabe cantar ou tocar particularmente bem. Ainda assim, cantar e tocar, parece fazer-lhes bem. Gravam sozinhos, pediram a um amigo para fazer o design e pensam, de seguida, conquistar o mundo.” 

in a-trompa.net

Bezegol - Tempu


O rapaz é um MC, DJ e produtor com um vasto currículo, sendo um dos membros-fundador da Red Tower Clan e de projectos musicais como os Funkativity Team ou os Dope Device MCs. Recentemente, viu o seu nome inscrito na história da música portuguesa, ao ter sido o artista escolhido pela Gumalaka para protagonizar o lançamento do primeiro vinil de 7 polegadas de reggae em Portugal.

Orelha Negra - M.I.R.I.A.M.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Primitive Reason - White Tree


Com base estabelecida em Lisboa, os Primitive Reason nasceram em 1993 com Guillermo de Llera (baixo, voz) e os amigos de infância Jorge Felizardo (bateria) e Brian Jackson (voz principal), a que se juntaram posteriormente Mikas Ventura (guitarra) e Mark Cain (saxofone). 

Os membros, sendo de diferentes nacionalidades (incluindo espanhola, portuguesa, norte-americana e britânica), lançaram-se numa exploração dos seus gostos musicais diversificados sendo reconhecidos pela fusão de sonoridades e pelo experimentalismo da sua música. São hoje um dos principais nomes do panorama alternativo português, com um seguimento de culto neste país, assim como em Espanha e nos E.U.A. (onde viveram entre 1998 e 2000).

Pedro Abrunhosa - Quem Me Leva Os Meus Fantasmas

Dazkarieh - Vitorina


Depois de 10 anos de grupo, várias formações e muitos concertos em Portugal e no estrangeiro, este “Hemisférios” surge-nos agora como uma súmula do caminho percorrido nos últimos 4 anos por um grupo incomparável no meio musical português e um dos mais internacionais de sempre.

Se nos anos 70 o radicalismo era tocar exactamente como nas recolhas, nos anos 90 esse radicalismo já se centrava em formas diametralmente opostas ao recolhido, com orquestrações, harmonizações e instrumentações que pouco ou nada tinham que ver com essas recolhas.

Se sempre houve algum pudor e timidez em fazer diferente e arriscar, estes têm sido gradualmente abandonados, a custo, importa dizer, pelas novas gerações que trabalham o repertório de tradição oral portuguesa.

Em Dazkarieh o objectivo não é fazer diferente ou ser radical, aliás, não há qualquer objectivo para além de fazer música. Seja compondo originais, seja trabalhando uma tradição rica e diversificada como é a nossa.

Estamos perante um grupo de jovens músicos e excelentes instrumentistas que nunca tiveram a tradição como ponto de partida. As suas influências musicais assim o revelam. Esta aproximação acabou por ser um processo natural e que se tem revelado bastante proveitoso para a música portuguesa. Se para alguns o excesso de experimentação eléctrica é um pecado, convém reparar que o acústico nunca desaparece no som dos Dazkarieh, aliás essa é uma imagem de marca do grupo e uma das premissas básicas das suas composições.

A inclusão de novos instrumentos como a sanfona e a bateria, até agora alheios à já vasta paleta criativa utilizada, bem como a cada vez maior atracção por instrumentos costumizados e exclusivos (vide o bouzouki português - meio baixo meio guitarra portuguesa, a gaita transmontana com chave, o bandolim de 10 cordas) permitem agora uma maior e poderosa objectividade sonora, que é bem espelhada nos seus concertos.

A gravação de um disco duplo, surgiu naturalmente da necessidade de afirmação de uma realidade que já faz parte dos seus concertos há cerca de 4 anos. Se por um lado as composições originais, baseadas em várias geografias musicais, foram o ponto de partida na sua génese, os últimos são já um abraçar respeitoso a uma tradição que não é imutável. E isso mesmo se revela em “Hemisférios”. Duas faces da mesma moeda, uma grande originalidade e a necessidade de colocar cada coisa no seu lugar. Num dos discos, os seus originais, que serão dificilmente rotuláveis, e no outro a sua versão da música de tradição oral do nosso país. Da dualidade, eléctrico/ acústico, surge-nos uma obra ímpar, uma afirmação e um desafio ainda maior na criação de música cada vez mais única e singular.

Nuno Gonçalo Barros
Lisboa, 21 de Janeiro de 2009

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Naifa - Música

Tiago Bettencourt & Mantha - Canção Simples

Claud - Contradanca


CLAUD é Mulher, É vida de um sonho que canta... É da Terra de várias cores onde não há desgostos de amor... Não tem fronteiras, nem barreiras, é vontade de ser quem é... Ouve o pensar do seu cantar e canta o que está a pensar... Traz no canto um filme antigo, a fala, o gemido, a glória, o protesto, o movimento ou um gesto... Acorda devagar, num tempo que não dorme, que tem pressa, que dá corda à vida para chegar... E corre atrás dela... em viagens sucessivas, por caminhos sem fim...e o Mundo, que vontade de ser do Mundo!!!! CLAUD sente futuro, a tradição, pinta de novo a cor antiga, é calma aparente e aprecia o que é presente... Vive destas “loucuras” todas e só espera poder pensar, que tudo o que pensa é tudo o que é só seu, e que tudo o que canta é de tudo e de todos... É assim que ri de alegria e chora de contente...Longe ou perto de toda gente...o que interessa é a força de todas estas coisas... CLAUD é isso...e já não é pouco...

domingo, 28 de novembro de 2010

Blasted Mechanism - Blast Your Mind

Neruda - O Vinho do teu Corpo


São uma banda nova. Com um som novo. E editam no início de Março o seu álbum de estreia, homónimo. Chamam-se Neruda, são de Lisboa e, como se pode compreender facilmente quando se assume um nome como este, a poesia tem a máxima importância no seu trabalho. E, tal como em Neruda, nos Neruda podem encontrar-se muitos poemas de amor e uma ou outra canção desesperada. «Vinho do Teu Corpo» é o primeiro single retirado do álbum. Uma canção – talvez desesperada, mas.. - simples, contida, uma canção em que o silêncio é tão importante quanto a música que o rodeia (a ele, ao, digamos isto em sussurro… Silêncio). Uma canção em que as palavras dizem mais, muito mais, do que aquilo que parecem dizer, e em que a música vai muito mais longe do que aquilo que a música, esta música, aquela música, parece querer ir. Tal como num poema. Num poema dos Neruda…
Os Neruda são Pablo Banazol (voz, guitarras, poemas, composição musical), Tiago Reis (guitarras, teclas, arranjos), Bruno Vaz (bateria) e Pity (baixo). E, nas gravações do álbum – feitas há dois anos, no estúdio BBS, em Vendas Novas –, participaram ainda o baixista Pedro Joyce (Pity só entraria para os Neruda depois), João Campos (segundas vozes e dueto com Pablo no tema «Voa Alto»), Nélson Canoa (teclas) e André Rocha (percussões). A produção esteve a cargo de João Martins, reputado produtor que já trabalhou com os Xutos & Pontapés, Da Weasel, Mão Morta, Rio Grande e Alcoolémia, entre muitos outros. As músicas foram todas compostas por Pablo, que também escreveu todos os poemas, à excepção de «Alguém Me Roubou» (letra de Marta Botelho), «Suave Anseio» (letra de Ana Rebelo) e o single «Vinho do Teu Corpo» (letra de Rui Manuel de Oliveira “Cuca”).

sábado, 27 de novembro de 2010

Ban - Mod Girls


Os Ban foram uma banda portuguesa, originária do Porto que se formou em 1981. Inicialmente pretendiam ser uma banda de Ska e o seu nome era Bananas. Em 1983 a formação da banda era composta por João Loureiro (voz e teclados), João Ferraz (guitarra), Paulo Faro (bateria) e Chico Monteiro (baixo).

Entretanto encurtam o nome para Ban e apostam num som mais depressivo, influenciados pela Onda de Manchester. Gravam neste período o mini lp, Alma Dorida.

Em 1986 enveredam por uma carreira mais pop que se inicia com o maxi Santa.

Ana Deus entra para a banda e a aposta no pop, torna-se mais evidente e gravam sucessivamente, Surrealizar (1988), Música Concreta(1989) e Mundo de Aventuras (1991).

Por vários motivos - uns membros tinham outras opções de vida e devido a algum cansaço - os Ban dão por encerradas as suas actividades.

Em 1994 fazem uma digressão final com Emília no lugar de Ana Deus.

O regresso do grupo está agendado para 2010, já com novo disco gravado e previsão de um tour em 2011.

João Coração - Agarra em Mim


João Coração é um músico português, integrante do movimento FlorCaveira.

O momento é de uma certa efervescência – e ainda bem. Alinham-se as novidades, novas sonoridades; umas atrás das outras. Agora, João Coração, com um disco novo a cheirar a luz do dia. A respirar pelo selo da Amor Fúria, este trovador da melancolia, das coisas do amor e outras parecidas, tem muitos dos seus sons em audição. É só mesmo para sentir o que tem este Coração para nos dizer.

Tendo começado a escrever canções apenas no início de 2007, as suas composições, dentro do folque alternativo, adquirem rapidamente a notoriedade.

Editou em 2008 pela FlorCaveira o seu primeiro álbum, Nº1 Sessão de Cezimbra, que conta com as participações de um vasto rol de convidados, nomeadamente: Jorge Cruz e Tiago Guillul (que além de tocarem co-produzem o disco), Samuel Úria, Guel Sousa, Tomás Cunha Ferreira, José Castro, Bernardo Barata, Celina da Piedade, Sara Fleury, Lúcia Vaz Pato, Filipe Sousa (dos Pontos Negros) e Alexandre Mano. Como lado b de Nº1 Sessão de Cezimbra, surge Sessão de Santa Maria dos Olivais, um EP com cinco faixas originais.

Humanos - Quero é Viver

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Slimmy - The Games You Play

Balla - Montra


Armando Teixeira nunca escondeu que um dos principais moldes da sua sensibilidade pop tem carimbo «Made In Portugal»: a modernidade dos Heróis do Mar e de António Variações, a inventividade dos GNR, o carácter épico da Sétima Legião, a magia e o mistério de Né Ladeiras. Se se procurar bem é possível encontrar todas essas marcas na música que Armando tem produzido como Balla. E daí que o seu cruzamento recente com Rui Reininho não tenha sido mera coincidência. Até porque, na música como nos livros, não há coincidências – apenas sintonias, cumplicidades, confissões de admiração. O novo single de Balla é prova disso mesmo: tem por título a redonda expressão «Ao Deus Dará» mas é tudo menos uma canção que vagueia sem destino. É, aliás, uma canção que garante imediatamente um lugar na história da pop portuguesa de 2010, por ser o tema que marca o regresso de Miguel Esteves Cardoso à escrita de canções. Amigos comuns, uma sugestão, um desafio imediatamente aceite, uma página de um caderno, uma ideia romântica, palavras e um sentido… Foi assim que nasceu este tema, fruto de uma admiração mútua entre o homem-Balla e o homem que inventou a escrítica pop e que em tempos deu palavras a sons da Sétima Legião (“Glória”), de Manuela Moura Guedes (“Foram Cardos Foram Prosas”) ou do Clube Naval (“Professor Xavier”). Qualquer um deles um clássico maior do tempo em que a pop ainda ousava ser diferente. Essa ousadia permanece. Ao Deus Dará.

Mão Morta - Cão de Morte

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Rapaz Estranho - Quando Escondes a Cor


"Da leve pergunta e da incessante busca vem o porquê, o rapaz estranho e curioso que vive no interior de nós!"

O conceito nasce da pergunta, e com a pergunta vem a necessidade de expressão, quer pelas palavras quer pela música de carácter cru e orgânico, pelas linhas e botões ou fotos e desenhos e tudo mais. O rapaz estranho é um colectivo que se juntou para criar um pequeno universo de fantasia semelhante ao que vivíamos quando fomos crianças. Um universo feito de música e não só!


Letras - Rui Lopes(buga). Música - Rui Lopes, Inês Ochoa e Renato Costa. Bonecos, desenhos, origamis e mais - Rui Lopes, Duarte Feliciano, Ana Sofia Maia Oliveira, Ana Filipa Maia Oliveira, Virgílio Raposo, Ana Rita Nogueira e Marta Poiares e outros amigos.

in http://cogwheelrecords.co.cc
com especial agradecimento ao José Duarte

David Fonseca - Someone That Cannot Love

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doismileoito - Acordes com Arroz


Foi uma espera longa (não necessariamente um calvário, que a história acaba bem). A aventura dos Doismileoito começou há pouco mais de três anos, numa cave na Maia, ao que parece sob uma árvore. Coisas da mitologoia rock’n’roll… Deram primeiros sinais de vida num concurso de bandas. E logo surpreenderam. Em primeiro lugar pela opção por cantar em português (ainda estava longe o cenário de mudança que emergiu em 2008, com alguns dos seus protagonistas já activos, e sob os mesmos princípios, todavia sem a visibilidade entretanto adquirida). Em segundo, pela invulgar versatilidade das propostas que revelavam em canções que tomavam a electricidade como medula dos acontecimentos, com a surpresa e invulgar engenho por perto. Com recursos minimalistas (apenas três múscos, o baterista partilhando a atenção sobre o seu kit com um teclado), os Doismileoito mostravam desde logo um gosto pela criação de composições com refrões nada tímidos e um interesse claro pela exploração de transições de estados de intensidade que desenham mudanças de clima sem abandonar a personalidade da canção. A “herança” Ornatos (nada grave, antes pelo contrário), mais evidente nos primeiros tempos, aos poucos, foi cedendo à construção de uma linguagem. E aí, a ostensiva diferença de gostos musicais entre os elementos induziu gradualmente a saudável presença do inesperado. Quase três anos depois, o álbum de estreia é o retrato de um trabalho em construção até ao momento. Uma soma de episódios, que une pequenos concentrados de alma pop e energia rock’n’roll, num corpo comum, onde se destacam agora, não os gritos de electricidade em afirmação de um Caratequide ou Bem Melhor, mas a revelação da elegância de algumas canções mais subtis na forma, levantando sinais de que o trabalho em curso não vai ficar por aqui. Pelo contrário, será brevemente bem melhor…

in lastfm.pt

Os Quais - Caído no Ringue


Depois de séculos de clandestinidade, Os Quais aterram com um Meio Disco voador. Seis canções que rockam-popam-dançam em cima do tempo, sem medos, desabitualmente. “Vem pôr fogo a tudo”, “o teu olhar tem tudo a ver”, “u-u-uuu”. Fundar o mundo em Portugal, imaginar um sotaque do meio-do-Atlântico. Falar música! Um cd-zinho de altas e baixas referências mas também distraído quanto baste. Um Meio Disco que vai inteiro para cada um e cada qual. Começam assim, aqui, Os Quais, pergunta sem ponto de interrogação.

Os Quais são Jacinto Lucas Pires e Tomás Cunha Ferreira. Jacinto é escritor, com vários livros publicados pela editora Cotovia. Tomás é pintor e professor, com várias exposições desde 2000. Os dois conheceram-se em Tóquio, num colégio dos Jesuítas – ou terá sido em Faro, a fazer teatro? Bem, é uma longa história. A verdade é que fazem música há vinte anos, quase, sob diferentes disfarces. Gostam de Beatles, Caetano, Variações, Prince, Piazzolla, Donato. Têm duas ou três certezas: não são nem um “dueto”, nem um “colectivo”, e muito menos um “projecto”. Talvez uma “dupla”, como se diz dos detectives. Senhoras e senhores, os Quais! Apresentam “Meio Disco”, seis canções que rockam-popam-dançam em cima do tempo, sem medos. Um cd-zinho de altas e baixas referências mas também distraído quanto baste. Um Meio Disco que vai inteiro para cada um e cada qual. Começam assim, aqui, Os Quais, pergunta sem ponto de interrogação.

Jorge Palma - Dormia tão sossegada



A biografia de Jorge Palma pode ser consultada em http://www.jorgepalma.pt/biografia.html.

Mais abaixo poderão consultar a sua discografia que iniciou em 1972 e desde daí nunca mais parou:

Estúdio: Com Uma Viagem na Palma da Mão (1975) Té Já (1977) Qualquer Coisa Pá Música (1979) Acto Contínuo (1982) Asas e Penas (1984) O Lado Errado da Noite (1985) Quarto Minguante (1986) Bairro do Amor (1989) Só (1991) Jorge Palma (2001) Vinte e Cinco Razões de Esperança (c/ Ilda Fèteira) (2004) Norte (2004) Voo Nocturno (2007) 

Singles: The Nine Billion Names of God (1972) O Pecado Capital (c/ Fernando Girão) (1975) Viagem (1975) Deixa-me Rir (1985) Dormia tão sossegada (2001) Valsa de um homem carente (2004) Encosta-te a Mim (2007) 

EPs: A Última Canção (1973) 

Ao Vivo: Jorge Palma no Festival de Vilar de Mouros 2005Palmas Gang - Ao Vivo no Johnny Guitar (1993) No Tempo dos Assassinos - Teatro Villaret - Junho de 2002 (2002)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Blasted Mechanism - We

Jorge Palma & Clã - Convite (Caixa de Mensagens)

Tiago Bettencourt & Mantha - Só Mais Uma Volta

Tiago Guillul - São Sete Voltas P´rá Muralha Cair


Durante anos de relativa invisibilidade mediática, Tiago Guillul foi para si criando um espaço tão singular que às tantas parecia ser impossível situá-lo no mapa. Não que isso se desse apenas pela invulgaridade da sua proposta ou pelo radicalismo da sua condição.

Era antes o caso de pouca gente saber o que fazer com um pregador tornado músico, tornado blogger, skater, cronista e pai de família numerosa, capaz de, subitamente, colocar em sobressalto visões mais simplistas do mundo e em simultâneo assumir o menos complexo dos rótulos estéticos: o de panque-roquer bem temperado pela evidência de não podermos festejar como se estivéssemos em 1979.

Hoje, a tão pouca distância, é claro que, pelo menos na especialidade, se desmistificou já a circunstância do seu articulado baptismo artístico. E Guillul – conferir as críticas ao anterior “IV” – viu-se celebrado e aceleradamente jubilado, incluído nas mais diversas agendas, uma rede social à espera de acontecer, e antídoto para o adormecimento da música popular cantada em português.

Agora, longe da unanimidade e ainda mais do consenso – não que a tal aspire –, vê-se chegada a hora de um primeiro balanço. E “V”, o seu quinto álbum, por mais que continue a operar num tempo estritamente pessoal, olha suficientemente para trás para fazer disparar a memória de quem na altura certa lhe ousou tomar o pulso. E essa será a menos calculada das novidades que nos traz. Tudo porque, de repente, faltou diversão à música feita em Portugal – que seja Guillul a lembrá-lo prova que continua a escrever direito por linhas tortas (e a produzir mais one-liners por minuto do que o gabinete das Produções Fictícias). Middle-class kids just wanna have fun too.
Com um elenco tão inesperado quanto previsível – incluindo Rui Reininho, Samuel Úria, Quim Albergaria e membros d’Os Pontos Negros – mergulha na mais fabricada das nostalgias, conciliando recordações de férias de Verão (´Praia Verde’), antigos Campeonatos do Mundo de Futebol (no vídeo para ‘São Sete Voltas Para a Muralha Cair’), êxtase de roque de garagem (‘Barreiro Rock City’), hipnose devocional ao jeito do Antigo Testamento (‘Sacudindo o Pó dos meus Pés’), embirração política (‘Canção para o Doutor Soares’), um cisma religioso (‘Roma e Avinhão’) e um cisma familiar (‘Canção para a Maria Não Furar as Orelhas’), fixando-os genericamente num momento histórico que pode ou não ter origem no instante em que os Aerosmith entraram pela parede do estúdio dos Run-DMC adentro.

Mas esta investida pelos anos 80 – e é disso que em parte se trata – não é feita por um imberbe nascido em 1992 e agora chegado à maioridade. Ou seja, isto não é uma guerra de estilo mas antes a sublimação de uma biografia: pois, aqui, Guillul mais depressa diz Su-Subbuteo do que “Suss-Sussudio” e com mais dedicação revê a RTP do que a MTV. É o disco de quem do Hip Hop guardou os ténis e do Metal as revistas. É para suar a lycra.

Ligeiramente a borrifar-se para o esperado, mas ainda e sempre resistindo ao invasor, “V” poderá bem vir a ser o mais descomprometido e ligeiro álbum a chegar-nos das mãos daquele que, em princípio, havia surgido para nos garantir tudo menos conforto, na sua batalha final pela evangelização. Nem que fosse só por isso, bem-haja. Problemas já temos que cheguem.

Fundador da editora independente Flor Caveira, o pastor panque-roquer mostra no ringue porque é considerado hoje "um dos criadores mais surpreendentes e inspirados da actual música em português".

in jornalextra.info

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Zedisaneonlight - Give You My (love)


Foi o fim dos Zed! Apesar de Pedro Lousada ter relançado o projecto em Julho de 2007 com outros elementos (Nuno Andrade - guitarra; Carlos Eduardo - Baixo; Edgar Alfama - Bateria) a convite do festival trâns-atlântico Rock em S. Jorge Açores, a reunião dos elementos que deram origem ao projecto estava em marcha, após alguns encontros e ensaios. Mas com o aparecimento de um convite irrecusável, a banda decidiu novamente seguir outro rumo. Pedro Lousada (voz/programações) foi convidado para vocalista de Blasted Mechanism. Por sua vez, David Rossi (voz/guitarra/programações) está com o projecto Head a Smash, Xicote (guitarra/programações) está envolvido no projecto Putas de Luxo, Marco Cesário (bateria) brevemente irá apresentar uma banda rock cantada em português.
Para finalizar esta breve passagem pela musica, a banda promete lançar, para ainda este ano, um cd com raridades. Contem gravações caseiras ou seja de ocasião...que ficaram na gaveta desde 2002 até ...ontem. Assim anunciamos que Zed is dead. Todos se lembram no verão de 2003 daquela música que não saìa da cabeça (ai ai ai ai ai…) “Give You My (Love)” era o tema que estava no anúncio da Sumol e insistentemente a tocar na Antena3. Formaram-se em 1997, com raízes da margem sul, eram 3 os elementos que deram início aos Zedisaneonlight: David Rossi (voz e guitarra), Pedro Lousada (voz e máquinas) e Marco Cesário (bateria). Mais tarde com a necessidade do "ao vivo" entra Carlos Martins (baixo) depois substituido por Xicote (guitarra e programações). Em 1997 com as primeiras resenhas musicais em formato demo (Fresh Fish 1999 e Pig Demo em 2002), os Zedisaneonlight chegam finalmente à edição de um álbum. De título homónimo, o disco caracterizava-se por uma esquizofrenia de ideias conjugadas num todo harmonioso. Ideias capazes de produzir músicas como Give You My (Love), I Decide, C.A.T.S., Electronic Bambi ou Feal No Fear. O disco gravado em Viseu com produção de David Rossi e Pedro Lousada e em que participaram todos os elementos da banda, retrata tal e qual aquilo que são os Zedisaneonlight: irresistíveis, dinâmicos, descomplexados, futuristas e experimentais. Com a critica a acolher bem o cd casos de 4/5 no DN+ e excelente entrevista e capa do jornal Blitz a banda transpôs para palco um concerto esquizofrénico que incluía um convidado um psico dancer … e assim deixaram marcas na I e IV edição da Quinta dos Portugueses, I Galp Energia, Festival Sudoeste 02, Festival Paredes de Coura 03 entre outros apeadeiros.

Indignu - Duzentas Promessas Para um Mundo Melhor


São de Barcelos!
Nasceram em 2004 e morrerão quando assim tiver de ser.
Crescem nos anos noventa, seguidores do post-rock e de novas correntes alternativas.
O 1º álbum chama-se FETUS IN FETU.

Afonso (guitarra / voz / melódica), Jimmy (guitarra / voz / xilofone / orgão vintage / kazoo), Mateus (baixo / piano), Ketas (bateria).

in lastfm.pt


Este tema tem a especial participação de Nuno Rancho e a letra é de Valter Hugo Mãe.
PS: Agradeço ao leonte pelo seu contributo neste post, pois musicas como estas são uma mais valia neste blog,

Azevedo Silva - Carrossel


«Durante alguns anos traduzi press releases. Não foi o trabalho mais enriquecedor que tive, quanto mais não fosse porque ao fim de uns quantos descobri que diziam todos o mesmo: que os últimos trabalhos de cada artista eram sempre os melhores, aqueles que melhor expressavam a sua sensibilidade e individualidade, sempre um melhor produtor, sempre novos instrumentistas, sempre colaborações surpreendentes, sempre improváveis cruzamentos de referências, sempre algo novo ou inédito, sempre uma enriquecedora experiência espiritual, ou mundana, ou as duas coisas, sempre uma banda mais unida do que nunca; sempre um texto publicitário de formalidade, redundante, não particularmente interessante, com o objectivo de vender um produto a comerciantes, facilitar a vida aos jornalistas e chamar a atenção do público e crítica. 

Foi um Azevedo semi-desiludido, semi-derrotado que me chegou ao estúdio, um daqueles precoces a quem a crise de meia-idade chega com vinte anos de antecedência. Sublinhe-se que um actual desiludido é um antigo optimista, alguém que teve problemas a gerir ambições e expectativas e que agora anda às voltas com os clichés do costume: estarei-a-fazer-a-coisa-certa?deverei-corrigir-o-rumo? valerá-a-pena-o-risco-ou-deverei-calar-me-e-conformar-me? Mais os complementos circunstanciais: alicerces que caem, velhos que morrem, casamentos que falham, a sensação de não pertença, a desorientação, a ausência aparente de pontos de referência. Aqueles que nasceram na ressaca de Abril sofrem agora as consequências, os mesmos que antes eram a geração rasca são agora a geração subprime, entalada e encostada às cordas do ringue, sem futuro, sem opções e com as ideias asfixiadas. Resta a irritação latente provocada pela indiferença dos outros: pessoas singulares que cedem ou desistem, pessoas colectivas que se aproveitam disso, instituições maniqueistamente à deriva, uma cultura popular alienada que comunica pouco, mal ou aos urros. Como conseguir ser optimista numa circunstância destas? E como falar destas coisas sem pretensões de intelectualismo? Porquê correr o risco de parecer um velho do Restelo ou um idiota? Porque, apesar de se ter cansado de acreditar, o pessimista é apenas alguém que deseja estar enganado. 

Um conhecido filósofo deu-se um dia ao trabalho de escrever um prefácio a justificar a razão pela qual não faz qualquer sentido escrever-se um prefácio - o livro tem de ser capaz de se explicar por ele próprio, dizia ele - e demonstrou-o pormenorizadamente em sessenta páginas. 

Apenas para contextualizar, Azevedo Silva é um cantautor. No Brasil apelidaram-no de fado-indie, o que faz sentido, dada a estética predominantemente acústica, a tonalidade predominantemente negra, a textura urbana e a influência do rock. Em 2010 apresenta-se com Carrossel. Oiçam o disco, com sorte reconhecerão nele alguma coisa do que aqui está escrito.»

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uaninauei - Cantiga De Um Ladrão

Micro Audio Waves - Fully Connected


Micro Audio Waves é um grupo português. Originalmente um duo formado por Flak (o guitarrista dos Rádio Macau) e C. Morgado (instrumentos electrónicos) o grupo apareceu em 2000, e começou por desenvolver composições com uma orientação minimal e experimental. Esse primeiro estilo pode ser ouvido no seu primeiro álbum (Micro Audio Waves), lançado em 2002.

Com a entrada de Claúdia Efe (vocals) como membro efectivo do grupo, o projecto assume uma nova direcção. A electrónica mais purista foi substituída por canções electro-acústicas de estrutura mais clássica, sem trair a componente experimental. O álbum "No waves", lançado em 2004, foi considerado como um dos mais excitantes álbums do ano por John Peel da BBC Radio One, e ganhou o Qwartz Electronic Music Awards em Paris (melhor álbum e melhor videoclip).

O "hit" principal foi a canção Fully Connected , na qual as instruções de montagem de um aparelho de estúdio (ligeiramente alteradas, por exemplo "until the cable is fully connected" passou a "until the body is fully connected") são cantadas de uma maneira muito sexy por Claudia Efe. O mesmo tipo de letra aparece na canção "sold out" (instruções de um processador de som).

Outro álbum, "Odd Size Baggage" foi posto à venda em Abril de 2007. Duas canções, "down by flow" e "odd size baggage" já tinham sido apresentadas.[1] A canção "odd size baggage" mantém a tradição de letras baseadas em folhetos de instruções, neste caso as de um serviço de protecção anti-roubo (StopTrack).

Micro Audio Waves é um grupo português. Originalmente um duo formado por Flak (o guitarrista dos Rádio Macau) e C. Morgado (instrumentos electrónicos) o grupo apareceu em 2000, e começou por desenvolver composições com uma orientação minimal e experimental. Esse primeiro estilo pode ser ouvido no seu primeiro álbum (Micro Audio Waves), lançado em 2002.

Com a entrada de Claúdia Efe (vocals) como membro efectivo do grupo, o projecto assume uma nova direcção. A electrónica mais purista foi substituída por canções electro-acústicas de estrutura mais clássica, sem trair a componente experimental. O álbum "No waves", lançado em 2004, foi considerado como um dos mais excitantes álbums do ano por John Peel da BBC Radio One, e ganhou o Qwartz Electronic Music Awards em Paris (melhor álbum e melhor videoclip).

O "hit" principal foi a canção Fully Connected , na qual as instruções de montagem de um aparelho de estúdio (ligeiramente alteradas, por exemplo "until the cable is fully connected" passou a "until the body is fully connected") são cantadas de uma maneira muito sexy por Claudia Efe. O mesmo tipo de letra aparece na canção "sold out" (instruções de um processador de som).

Outro álbum, "Odd Size Baggage" foi posto à venda em Abril de 2007. Duas canções, "down by flow" e "odd size baggage" já tinham sido apresentadas.[1] A canção "odd size baggage" mantém a tradição de letras baseadas em folhetos de instruções, neste caso as de um serviço de protecção anti-roubo (StopTrack).

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