Videos mais vistos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Repórter Estrábico - Mamapapa

 

Formados desde 1987, tiveram um percurso acidentado passando por várias formações, mantendo sempre intacto o seu objectivo primordial: a procura da canção perfeita. Olhando o mundo com uma visão própria e atenta, quase sempre divergente, procuraram sempre acrescentar algo de novo a tudo aquilo que já foi dito e feito.
A banda criou cinco álbuns e um par de EP's, onde espraiou o seu techno-pop, inovador e com um toque de ironia, em títulos indispensáveis como "Uno Dos", "1 Bigo", "Disco De Prata", "Mouse Music" e "Eurovisão".
Na sua formação original, os Repórter Estrábico eram: Paula Sousa (sintetizador, sampler, piano e voz) António Olaio (voz), Paulo Lopes (guitarra), Luciano Barbosa (caixa de ritmos, percussão e voz), José Ferrão (guitarra) e Anselmo Canha (baixo), e são estes elementos que, em 1991, editam "Uno Dos", o seu álbum de estreia, que contou com produção de Jonathan Miller e Vitor Rua.
Seguiu-se "1 Bigo", em 1994, gravado já sem António Olaio (uma figura carismática dentro do grupo) e Paula Sousa, mas com João Bruschy (bateria), Manuel Ribeiro (teclas) e Nuno Pires (voz).
Em 1996, os Repórter Estrábico editam "Disco De Prata", desta feita, sem a colaboração de José Ferrão.
Para 1999, a banda reservou "Mouse Music", um disco actual que cruza a programação digital com o desempenho de excelentes músicos (Anselmo Canha, Luciano Barbosa, Manuel Ribeiro e Paulo Lopes) dentro do formato clássico da canção pop, uma fórmula que sempre acompanhou os Repórter Estrábico, e que, neste álbum, foi temperada com fortes batidas de dança. O primeiro single extraído de "Mouse Music" é "MamaPapa", um tema imediato e mordaz, com um teledisco que teve uma passagem regular na televisão portuguesa e que recebeu elogios pela sua originalidade.
Em 2002, o regresso foi feito ao som do EP "Requiem", seguido do album "Eurovisão" em 2004.

in blitz

Márcia - A Pele Que Há Em Mim


Freddy Locks - Bring Up The Feeling


Frederico Oliveira a.k.a. Freddy Locks, nasceu a 9 de Dezembro de 1977. Cresceu no mítico bairro de Alvalade em Lisboa e faz parte de uma geração que fez historia na cena punk-rock portuguesa, nomes como "Censurados", "Ku de judas", "Tara perdida", "Dalai lume", etc, são tudo bandas que nasceram ou que vieram de Alvalade e com quem Freddy partilhou muitos momentos da sua juventude. Freddy começou a tocar musica numa banda punk aos 17 anos. Nessa altura estava completamente empenhado no movimento anarquista e Okupa de Portugal e Espanha. No verão de 1995 teve uma serie de experiênçias que mudaram a sua vida para sempre. Nas suas palavras: "...nesse verão encontrei a minha luz, o segredo da realidade positiva. Encontrei aquilo a que as pessoas chamam "Deus" e que vive dentro de todos os seres vivos. Encontrei o meu caminho através dos lugares e das pessoas que conheci e através da musica Reggae". È nesta altura que Freddy começa a esccrever canções e a tocar e a cantar no Metro de Lisboa e em todos os lugares por onde passa. Apesar da sua mensagem ser anarquista, a sua voz sempre soava a reggae. Em 1999 ele formou a banda "Nature" e juntou-se aos "20 pás 8". Em ambos os casos como vocalista principal e guitarrista. Com estas bandas Freddy tocou em varias casas okupadas e eventos anarquistas, especialmente com "20 pás 8" cujo som e mensagem era descrito pelos fans como "reggae-punk". Esta banda acabou em 2003. Em 2004 Freddy grava o seu primeiro álbum com o produtor de reggae Asher Guardian, chamado "Rootsrockstruggelling". Este Album foi totalmente independente , mas chegou á rádio Antena3 e a canção "Wake up" foi nomeada "canção do Ano" pelo programa "Radio Fazuma". Também em 2004, Freddy formou a banda "Poormanstyle", banda que chegou a partilhar o Palco com as lendas "Sly & Robbie" no festival Musa. Em 2006 Freddy começa o seu projecto a solo e grava o álbum "Bring up the feeling", pela editora "Gumalaka", a primeira editora independente de reggae em Portugal. Este álbum foi nomeado "Àlbum do ano" por uma votação nos sites "Sunshine reggae" e "Zona Reggae". O single "Bring up the feeling" entrou para a playlist da rádio Antena3 e chegou numero um da tabela dos mais pedidos pelo publico. O videoclip da mesma canção também entrou na playlist da MTV Portugal. O álbum "bring up the feeling" é refençiado pela critica como uma prova do amadurecimento da musica reggae feita em Portugal. Em Digressão por Portugal em 2008 e 2009, o novo album de Freddy Locks será editado em 19 de Abril de 2010.

Rui Reininho - Bem bom


Rui Reininho - Companhia das Índias (Por João Gobern)
De que é feito um artista de variedade? De carisma, de talento, de trabalho, de figura, de atenção, de palavra. Se aceitarmos o domínio pop nacional como cenário, a meia dúzia de atributos nada acessórios que ficou listado já aponta os focos na direcção de Rui Reininho. Juntando o humor que lhe vem da formação e dos palcos e o “angst” a que a sua geração não escapa (nem tenta…), torna-se mais fácil perceber que só o Rui poderia, sem prejuízo de um álbum que é o seu retrato – diletante mas conciso, provocador mas aflito, irónico mas sincero, intenso mas decadente, tão profundo ou tão superficial quanto se queira –, reunir uma autêntica “companhia de índios” que desse arcaboiço e pluralidade à sua “Companhia das Índias”. É fácil de entender, a ideia que serve de base: Reininho está habituado, desde essa revolução inquieta chamada “Independança”, a trabalhar em grupo. No caso, os GNR. Portanto, o “mais vale solo” não se aplica. Como bom anfitrião, ele convidou, desafiou, estimulou, enquadrou. O quê? Um dos mais profícuos encontros de músicos portugueses de primeira linha, cruzando escolas e gerações, do seu antigo parceiro Alexandre Soares a Slimmy, de Rodrigo Leão a New Max (dos Expensive Soul), de Legendary Tiger Man a Margarida Pinto (Coldfinger) e a João Pedro Coimbra (Mesa), reservando um papel especial para o responsável pelo guarda-roupa das canções: Armando Teixeira (também conhecido como Balla). À sua maneira, Reininho chamou a si duas canções de outros tempos e universos: “Bem Bom”, imagem de marca das Doce, e “Faz Parte do Meu Show”, emblema e património do brasileiro Cazuza. Passam, com direitos adquiridos pelo mérito, a ser temas próprios. Voltemos, no entanto, aos originais. Para constatar o prazer dos contribuintes (caso raro) do disco. Quatro exemplos, sem demoras. Slimmy, compositor de “Morremos A Rir”: “O Rui começou por ser um conhecido dessa longínqua noite interessante e picante do Porto. No caso, fiz algumas canções que não via maneira de utilizar no meu projecto, mostrei-lhas e deixei-o voar com elas… Depois, fiquei à espera que ele achasse coerente aquilo que tinha para lhe dar. Agora, ter o Rui a cantar (em melhor forma do que nunca) e a dar personagem e personalidade a uma das minhas canções, ter o Zé Pedro a tocar guitarra no mesmo tema, ter a produção sublime do grande Armando Teixeira, faz o meu ego encher, obviamente: alguns dos meus ídolos de infância estão aqui... Faz-me sentir bem com o panorama pop rock nacional: estamos a produzir, existe união e efervescência de ideias e de músicos, e há criatividade”. New Max, que escreveu “Turbina & Moça”: “Trabalhar com o Rui é ter o privilégio de lidar com uma «lenda», um herói de gerações, pois crescemos com as suas letras e melodias. Este album é um «solo» de três décadas de sabedoria e inspiração.Por isso, «liguem as turbinas que aí vem moça»”. A Margarida Pinto coube a melodia de “Triste S (1857)”: “Quando fui contactada pelo Rui para uma colaboração no seu disco a solo, como compositora, fiquei bastante surpreendida. O Rui é um ícone da pop, ímpar no nosso quadro musical, e creio que com este trabalho deixa bem claro que nem faz parte do passado, nem está ultrapassado. A sua marca fica bem impressa num disco bastante heterogéneo. Como intérprete, o Rui tem o grande valor acrescentado de uma voz que é imediatamente reconhecida pelo público e a minha intenção com o tema foi precisamente a de criar um espaço para essa voz. O resultado foi uma canção íntima e intimista. Muito bonita.” João Pedro Coimbra, que assina “Lados B”: “O Rui é um herói à antiga. Muito por culpa da sua «tri-polaridade» assumida (!), consegue atravessar, incólume e com distinção, mais de 30 anos de actividade artística com uma frescura e «pinta» raras no nosso panorama Pop/Rock. O Rui é uma estrela em cima e fora do palco. Dizem que se nasce com ele, o talento. Quando generosamente me convidou para colaborar neste disco, imaginei um tema que servisse aquilo que o Rui é para mim: um «crooner a sós-moderno», corajoso e em jet-lag entre o Porto e Las Vegas. Party Hard!” Se houvesse dúvidas, estes testemunhos deixariam tudo transparente: Reininho fez da experiência e do estatuto apenas um veículo para mobilizar talentos, para sentir os apoios indispensáveis a um passo que, sendo lógica, nem por isso se revela menos arriscado, para quem sempre teve o suporte de um grupo. A lucidez de uma liderança, que também é saber delegar e saber em quem, também fica à vista na escolha de Armando Teixeira, produtor, compositor e instrumentista. Que faz, em síntese, o relato da experiência: “Rui Reininho é somente o músico português que mais admiro e o disco dos GNR, «Independança», um dos discos portugueses mais importantes para a minha formação de músico – agora imaginem o que significa para mim produzir o primeiro álbum a solo do Rui. O meu maior desafio como produtor foi dar unidade a um disco cujos temas foram compostos por tantos compositores diferentes. Os textos do Rui foram fundamentais. A sonoridade do álbum, queria-a igualmente coesa. Comecei por aceitar as sugestões dos compositores. O que alterei ou acrescentei serviu para aproximar a canção ao todo ou a alguma ideia que as primeiras audições da maqueta me sugeriram. Os três temas que compus tiveram origens diferentes: «O Estranho Caso do Amante Preguiçoso» é um tema que compus a pensar no Rui e na sua voz, para uma colectânea do Frágil sobre Lisboa. O «Dr. Optimista», inicialmente, não foi composto para o Rui, mas depois de feito não podia ser cantado por mais ninguém. Para mim, acaba por ser o tema que melhor representa o disco. O «Al Faquir» foi a última música a entrar no alinhamento. Senti que fazia falta um tema assim, que poderia ter como título o título do álbum.” Podia ser um filme, este disco. Mas difícil seria arrumá-lo num género: tem drama e comédia, tem acção e aventura, tem diálogos de primeira água, tem uma luz para cada cena, ora natural e crua, ora carregada de filtros e neons. Tem, às vezes, um ambiente de “film-noir”. E até consegue ter pedaços generosos de “biopic”, ou não fosse centrado na vida, nos impulsos e nas ideias do “actor principal”. Mas, se preferirem, vejam-no como um espectáculo de circo: os malabarismos são mais do que muitos, as forças combinadas são poderosas, há contorcionismo e feras à solta, à espera de um domador, há tempo para o trapézio voador, há – evidentemente – um intrincado número de magia. Só não há palhaços. Mais simples, ainda: aceite-se este disco pelo que ele é. Um manual prático de música pop, tão colorido que até usa magistralmente o preto-e-branco, tão fascinante que – pelo menos temporariamente – apaga tudo o que Reininho foi deixando pelo caminho, tão brilhante no uso das palavras que merece ser estudado por todos os que ambicionem escrever poesia para canções, tão sincero que nos esquecemos dos “sauts d’humeur” que deixa transparecer, tão febril que apetece não o largar, tão cheio de soluções mas tão longe de qualquer espécie de novo-riquismo, tão intemporal como portador de notícias frescas, tão bem acabado que nem parece Português, com vossa licença. Não há como não ficar feliz diante do que aqui se ouve – por todos, mas sobretudo pelo Rui, capaz de mais um “murro no estômago” que é, afinal, um gesto do seu carinho tímido. Fiquem com ele, desde já: ficam numa óptima “Companhia”.

Mind Da Gap - Sintonia


Começaram por se chamar Da Wreckaz. Com este nome deram alguns concertos pelo grande Porto, e conseguiram arranjar o dinheiro para comprar equipamentos musicais, a partir desta altura decidiram mudar o nome para Mind da Gap.

Em 1995, depois de alguns contactos por parte de editoras interessadas, os Mind da Gap decidem editar o seu EP Mind da Gap pela Norte Sul. Em 1996 fazem uma remistura para os Cool Hipnoise e um cd-single em colaboração com os Blind Zero de seu nome Flexogravity. Em 1997 editam o seu primeiro álbum Sem Cerimónias misturado por Troy Hightower e em 2000 editam o seu segundo álbum A Verdade. Suspeitos do Costume, o álbum que lhes deu maior exposição, é editado em 2002 pela editora Norte Sul, alcançou, em Portugal, o disco de prata. Depois álbuns a solo por parte de Serial e Ace, os Mind da Gap editam em 2006 um novo álbum intitulado por Edição Ilimitada.

Recentemente lançaram uma compilação: Matéria Prima (1997-2007) com temas dos seus quatro álbuns incluindo também temas novos e inéditos. Fizeram a sua apresentação nas FNAC de Braga, grande Porto e grande Lisboa. Os Mind da Gap anunciaram o lançamento de um novo álbum para o ano de 2009, que conta com o single de avanço Abre os Olhos.
Locations of visitors to this page