Videos mais vistos

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Naifa - Música

Tiago Bettencourt & Mantha - Canção Simples

Claud - Contradanca


CLAUD é Mulher, É vida de um sonho que canta... É da Terra de várias cores onde não há desgostos de amor... Não tem fronteiras, nem barreiras, é vontade de ser quem é... Ouve o pensar do seu cantar e canta o que está a pensar... Traz no canto um filme antigo, a fala, o gemido, a glória, o protesto, o movimento ou um gesto... Acorda devagar, num tempo que não dorme, que tem pressa, que dá corda à vida para chegar... E corre atrás dela... em viagens sucessivas, por caminhos sem fim...e o Mundo, que vontade de ser do Mundo!!!! CLAUD sente futuro, a tradição, pinta de novo a cor antiga, é calma aparente e aprecia o que é presente... Vive destas “loucuras” todas e só espera poder pensar, que tudo o que pensa é tudo o que é só seu, e que tudo o que canta é de tudo e de todos... É assim que ri de alegria e chora de contente...Longe ou perto de toda gente...o que interessa é a força de todas estas coisas... CLAUD é isso...e já não é pouco...

domingo, 28 de novembro de 2010

Blasted Mechanism - Blast Your Mind

Neruda - O Vinho do teu Corpo


São uma banda nova. Com um som novo. E editam no início de Março o seu álbum de estreia, homónimo. Chamam-se Neruda, são de Lisboa e, como se pode compreender facilmente quando se assume um nome como este, a poesia tem a máxima importância no seu trabalho. E, tal como em Neruda, nos Neruda podem encontrar-se muitos poemas de amor e uma ou outra canção desesperada. «Vinho do Teu Corpo» é o primeiro single retirado do álbum. Uma canção – talvez desesperada, mas.. - simples, contida, uma canção em que o silêncio é tão importante quanto a música que o rodeia (a ele, ao, digamos isto em sussurro… Silêncio). Uma canção em que as palavras dizem mais, muito mais, do que aquilo que parecem dizer, e em que a música vai muito mais longe do que aquilo que a música, esta música, aquela música, parece querer ir. Tal como num poema. Num poema dos Neruda…
Os Neruda são Pablo Banazol (voz, guitarras, poemas, composição musical), Tiago Reis (guitarras, teclas, arranjos), Bruno Vaz (bateria) e Pity (baixo). E, nas gravações do álbum – feitas há dois anos, no estúdio BBS, em Vendas Novas –, participaram ainda o baixista Pedro Joyce (Pity só entraria para os Neruda depois), João Campos (segundas vozes e dueto com Pablo no tema «Voa Alto»), Nélson Canoa (teclas) e André Rocha (percussões). A produção esteve a cargo de João Martins, reputado produtor que já trabalhou com os Xutos & Pontapés, Da Weasel, Mão Morta, Rio Grande e Alcoolémia, entre muitos outros. As músicas foram todas compostas por Pablo, que também escreveu todos os poemas, à excepção de «Alguém Me Roubou» (letra de Marta Botelho), «Suave Anseio» (letra de Ana Rebelo) e o single «Vinho do Teu Corpo» (letra de Rui Manuel de Oliveira “Cuca”).

sábado, 27 de novembro de 2010

Ban - Mod Girls


Os Ban foram uma banda portuguesa, originária do Porto que se formou em 1981. Inicialmente pretendiam ser uma banda de Ska e o seu nome era Bananas. Em 1983 a formação da banda era composta por João Loureiro (voz e teclados), João Ferraz (guitarra), Paulo Faro (bateria) e Chico Monteiro (baixo).

Entretanto encurtam o nome para Ban e apostam num som mais depressivo, influenciados pela Onda de Manchester. Gravam neste período o mini lp, Alma Dorida.

Em 1986 enveredam por uma carreira mais pop que se inicia com o maxi Santa.

Ana Deus entra para a banda e a aposta no pop, torna-se mais evidente e gravam sucessivamente, Surrealizar (1988), Música Concreta(1989) e Mundo de Aventuras (1991).

Por vários motivos - uns membros tinham outras opções de vida e devido a algum cansaço - os Ban dão por encerradas as suas actividades.

Em 1994 fazem uma digressão final com Emília no lugar de Ana Deus.

O regresso do grupo está agendado para 2010, já com novo disco gravado e previsão de um tour em 2011.

João Coração - Agarra em Mim


João Coração é um músico português, integrante do movimento FlorCaveira.

O momento é de uma certa efervescência – e ainda bem. Alinham-se as novidades, novas sonoridades; umas atrás das outras. Agora, João Coração, com um disco novo a cheirar a luz do dia. A respirar pelo selo da Amor Fúria, este trovador da melancolia, das coisas do amor e outras parecidas, tem muitos dos seus sons em audição. É só mesmo para sentir o que tem este Coração para nos dizer.

Tendo começado a escrever canções apenas no início de 2007, as suas composições, dentro do folque alternativo, adquirem rapidamente a notoriedade.

Editou em 2008 pela FlorCaveira o seu primeiro álbum, Nº1 Sessão de Cezimbra, que conta com as participações de um vasto rol de convidados, nomeadamente: Jorge Cruz e Tiago Guillul (que além de tocarem co-produzem o disco), Samuel Úria, Guel Sousa, Tomás Cunha Ferreira, José Castro, Bernardo Barata, Celina da Piedade, Sara Fleury, Lúcia Vaz Pato, Filipe Sousa (dos Pontos Negros) e Alexandre Mano. Como lado b de Nº1 Sessão de Cezimbra, surge Sessão de Santa Maria dos Olivais, um EP com cinco faixas originais.

Humanos - Quero é Viver

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Slimmy - The Games You Play

Balla - Montra


Armando Teixeira nunca escondeu que um dos principais moldes da sua sensibilidade pop tem carimbo «Made In Portugal»: a modernidade dos Heróis do Mar e de António Variações, a inventividade dos GNR, o carácter épico da Sétima Legião, a magia e o mistério de Né Ladeiras. Se se procurar bem é possível encontrar todas essas marcas na música que Armando tem produzido como Balla. E daí que o seu cruzamento recente com Rui Reininho não tenha sido mera coincidência. Até porque, na música como nos livros, não há coincidências – apenas sintonias, cumplicidades, confissões de admiração. O novo single de Balla é prova disso mesmo: tem por título a redonda expressão «Ao Deus Dará» mas é tudo menos uma canção que vagueia sem destino. É, aliás, uma canção que garante imediatamente um lugar na história da pop portuguesa de 2010, por ser o tema que marca o regresso de Miguel Esteves Cardoso à escrita de canções. Amigos comuns, uma sugestão, um desafio imediatamente aceite, uma página de um caderno, uma ideia romântica, palavras e um sentido… Foi assim que nasceu este tema, fruto de uma admiração mútua entre o homem-Balla e o homem que inventou a escrítica pop e que em tempos deu palavras a sons da Sétima Legião (“Glória”), de Manuela Moura Guedes (“Foram Cardos Foram Prosas”) ou do Clube Naval (“Professor Xavier”). Qualquer um deles um clássico maior do tempo em que a pop ainda ousava ser diferente. Essa ousadia permanece. Ao Deus Dará.

Mão Morta - Cão de Morte

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O Rapaz Estranho - Quando Escondes a Cor


"Da leve pergunta e da incessante busca vem o porquê, o rapaz estranho e curioso que vive no interior de nós!"

O conceito nasce da pergunta, e com a pergunta vem a necessidade de expressão, quer pelas palavras quer pela música de carácter cru e orgânico, pelas linhas e botões ou fotos e desenhos e tudo mais. O rapaz estranho é um colectivo que se juntou para criar um pequeno universo de fantasia semelhante ao que vivíamos quando fomos crianças. Um universo feito de música e não só!


Letras - Rui Lopes(buga). Música - Rui Lopes, Inês Ochoa e Renato Costa. Bonecos, desenhos, origamis e mais - Rui Lopes, Duarte Feliciano, Ana Sofia Maia Oliveira, Ana Filipa Maia Oliveira, Virgílio Raposo, Ana Rita Nogueira e Marta Poiares e outros amigos.

in http://cogwheelrecords.co.cc
com especial agradecimento ao José Duarte

David Fonseca - Someone That Cannot Love

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doismileoito - Acordes com Arroz


Foi uma espera longa (não necessariamente um calvário, que a história acaba bem). A aventura dos Doismileoito começou há pouco mais de três anos, numa cave na Maia, ao que parece sob uma árvore. Coisas da mitologoia rock’n’roll… Deram primeiros sinais de vida num concurso de bandas. E logo surpreenderam. Em primeiro lugar pela opção por cantar em português (ainda estava longe o cenário de mudança que emergiu em 2008, com alguns dos seus protagonistas já activos, e sob os mesmos princípios, todavia sem a visibilidade entretanto adquirida). Em segundo, pela invulgar versatilidade das propostas que revelavam em canções que tomavam a electricidade como medula dos acontecimentos, com a surpresa e invulgar engenho por perto. Com recursos minimalistas (apenas três múscos, o baterista partilhando a atenção sobre o seu kit com um teclado), os Doismileoito mostravam desde logo um gosto pela criação de composições com refrões nada tímidos e um interesse claro pela exploração de transições de estados de intensidade que desenham mudanças de clima sem abandonar a personalidade da canção. A “herança” Ornatos (nada grave, antes pelo contrário), mais evidente nos primeiros tempos, aos poucos, foi cedendo à construção de uma linguagem. E aí, a ostensiva diferença de gostos musicais entre os elementos induziu gradualmente a saudável presença do inesperado. Quase três anos depois, o álbum de estreia é o retrato de um trabalho em construção até ao momento. Uma soma de episódios, que une pequenos concentrados de alma pop e energia rock’n’roll, num corpo comum, onde se destacam agora, não os gritos de electricidade em afirmação de um Caratequide ou Bem Melhor, mas a revelação da elegância de algumas canções mais subtis na forma, levantando sinais de que o trabalho em curso não vai ficar por aqui. Pelo contrário, será brevemente bem melhor…

in lastfm.pt

Os Quais - Caído no Ringue


Depois de séculos de clandestinidade, Os Quais aterram com um Meio Disco voador. Seis canções que rockam-popam-dançam em cima do tempo, sem medos, desabitualmente. “Vem pôr fogo a tudo”, “o teu olhar tem tudo a ver”, “u-u-uuu”. Fundar o mundo em Portugal, imaginar um sotaque do meio-do-Atlântico. Falar música! Um cd-zinho de altas e baixas referências mas também distraído quanto baste. Um Meio Disco que vai inteiro para cada um e cada qual. Começam assim, aqui, Os Quais, pergunta sem ponto de interrogação.

Os Quais são Jacinto Lucas Pires e Tomás Cunha Ferreira. Jacinto é escritor, com vários livros publicados pela editora Cotovia. Tomás é pintor e professor, com várias exposições desde 2000. Os dois conheceram-se em Tóquio, num colégio dos Jesuítas – ou terá sido em Faro, a fazer teatro? Bem, é uma longa história. A verdade é que fazem música há vinte anos, quase, sob diferentes disfarces. Gostam de Beatles, Caetano, Variações, Prince, Piazzolla, Donato. Têm duas ou três certezas: não são nem um “dueto”, nem um “colectivo”, e muito menos um “projecto”. Talvez uma “dupla”, como se diz dos detectives. Senhoras e senhores, os Quais! Apresentam “Meio Disco”, seis canções que rockam-popam-dançam em cima do tempo, sem medos. Um cd-zinho de altas e baixas referências mas também distraído quanto baste. Um Meio Disco que vai inteiro para cada um e cada qual. Começam assim, aqui, Os Quais, pergunta sem ponto de interrogação.

Jorge Palma - Dormia tão sossegada



A biografia de Jorge Palma pode ser consultada em http://www.jorgepalma.pt/biografia.html.

Mais abaixo poderão consultar a sua discografia que iniciou em 1972 e desde daí nunca mais parou:

Estúdio: Com Uma Viagem na Palma da Mão (1975) Té Já (1977) Qualquer Coisa Pá Música (1979) Acto Contínuo (1982) Asas e Penas (1984) O Lado Errado da Noite (1985) Quarto Minguante (1986) Bairro do Amor (1989) Só (1991) Jorge Palma (2001) Vinte e Cinco Razões de Esperança (c/ Ilda Fèteira) (2004) Norte (2004) Voo Nocturno (2007) 

Singles: The Nine Billion Names of God (1972) O Pecado Capital (c/ Fernando Girão) (1975) Viagem (1975) Deixa-me Rir (1985) Dormia tão sossegada (2001) Valsa de um homem carente (2004) Encosta-te a Mim (2007) 

EPs: A Última Canção (1973) 

Ao Vivo: Jorge Palma no Festival de Vilar de Mouros 2005Palmas Gang - Ao Vivo no Johnny Guitar (1993) No Tempo dos Assassinos - Teatro Villaret - Junho de 2002 (2002)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Blasted Mechanism - We

Jorge Palma & Clã - Convite (Caixa de Mensagens)

Tiago Bettencourt & Mantha - Só Mais Uma Volta

Tiago Guillul - São Sete Voltas P´rá Muralha Cair


Durante anos de relativa invisibilidade mediática, Tiago Guillul foi para si criando um espaço tão singular que às tantas parecia ser impossível situá-lo no mapa. Não que isso se desse apenas pela invulgaridade da sua proposta ou pelo radicalismo da sua condição.

Era antes o caso de pouca gente saber o que fazer com um pregador tornado músico, tornado blogger, skater, cronista e pai de família numerosa, capaz de, subitamente, colocar em sobressalto visões mais simplistas do mundo e em simultâneo assumir o menos complexo dos rótulos estéticos: o de panque-roquer bem temperado pela evidência de não podermos festejar como se estivéssemos em 1979.

Hoje, a tão pouca distância, é claro que, pelo menos na especialidade, se desmistificou já a circunstância do seu articulado baptismo artístico. E Guillul – conferir as críticas ao anterior “IV” – viu-se celebrado e aceleradamente jubilado, incluído nas mais diversas agendas, uma rede social à espera de acontecer, e antídoto para o adormecimento da música popular cantada em português.

Agora, longe da unanimidade e ainda mais do consenso – não que a tal aspire –, vê-se chegada a hora de um primeiro balanço. E “V”, o seu quinto álbum, por mais que continue a operar num tempo estritamente pessoal, olha suficientemente para trás para fazer disparar a memória de quem na altura certa lhe ousou tomar o pulso. E essa será a menos calculada das novidades que nos traz. Tudo porque, de repente, faltou diversão à música feita em Portugal – que seja Guillul a lembrá-lo prova que continua a escrever direito por linhas tortas (e a produzir mais one-liners por minuto do que o gabinete das Produções Fictícias). Middle-class kids just wanna have fun too.
Com um elenco tão inesperado quanto previsível – incluindo Rui Reininho, Samuel Úria, Quim Albergaria e membros d’Os Pontos Negros – mergulha na mais fabricada das nostalgias, conciliando recordações de férias de Verão (´Praia Verde’), antigos Campeonatos do Mundo de Futebol (no vídeo para ‘São Sete Voltas Para a Muralha Cair’), êxtase de roque de garagem (‘Barreiro Rock City’), hipnose devocional ao jeito do Antigo Testamento (‘Sacudindo o Pó dos meus Pés’), embirração política (‘Canção para o Doutor Soares’), um cisma religioso (‘Roma e Avinhão’) e um cisma familiar (‘Canção para a Maria Não Furar as Orelhas’), fixando-os genericamente num momento histórico que pode ou não ter origem no instante em que os Aerosmith entraram pela parede do estúdio dos Run-DMC adentro.

Mas esta investida pelos anos 80 – e é disso que em parte se trata – não é feita por um imberbe nascido em 1992 e agora chegado à maioridade. Ou seja, isto não é uma guerra de estilo mas antes a sublimação de uma biografia: pois, aqui, Guillul mais depressa diz Su-Subbuteo do que “Suss-Sussudio” e com mais dedicação revê a RTP do que a MTV. É o disco de quem do Hip Hop guardou os ténis e do Metal as revistas. É para suar a lycra.

Ligeiramente a borrifar-se para o esperado, mas ainda e sempre resistindo ao invasor, “V” poderá bem vir a ser o mais descomprometido e ligeiro álbum a chegar-nos das mãos daquele que, em princípio, havia surgido para nos garantir tudo menos conforto, na sua batalha final pela evangelização. Nem que fosse só por isso, bem-haja. Problemas já temos que cheguem.

Fundador da editora independente Flor Caveira, o pastor panque-roquer mostra no ringue porque é considerado hoje "um dos criadores mais surpreendentes e inspirados da actual música em português".

in jornalextra.info

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Zedisaneonlight - Give You My (love)


Foi o fim dos Zed! Apesar de Pedro Lousada ter relançado o projecto em Julho de 2007 com outros elementos (Nuno Andrade - guitarra; Carlos Eduardo - Baixo; Edgar Alfama - Bateria) a convite do festival trâns-atlântico Rock em S. Jorge Açores, a reunião dos elementos que deram origem ao projecto estava em marcha, após alguns encontros e ensaios. Mas com o aparecimento de um convite irrecusável, a banda decidiu novamente seguir outro rumo. Pedro Lousada (voz/programações) foi convidado para vocalista de Blasted Mechanism. Por sua vez, David Rossi (voz/guitarra/programações) está com o projecto Head a Smash, Xicote (guitarra/programações) está envolvido no projecto Putas de Luxo, Marco Cesário (bateria) brevemente irá apresentar uma banda rock cantada em português.
Para finalizar esta breve passagem pela musica, a banda promete lançar, para ainda este ano, um cd com raridades. Contem gravações caseiras ou seja de ocasião...que ficaram na gaveta desde 2002 até ...ontem. Assim anunciamos que Zed is dead. Todos se lembram no verão de 2003 daquela música que não saìa da cabeça (ai ai ai ai ai…) “Give You My (Love)” era o tema que estava no anúncio da Sumol e insistentemente a tocar na Antena3. Formaram-se em 1997, com raízes da margem sul, eram 3 os elementos que deram início aos Zedisaneonlight: David Rossi (voz e guitarra), Pedro Lousada (voz e máquinas) e Marco Cesário (bateria). Mais tarde com a necessidade do "ao vivo" entra Carlos Martins (baixo) depois substituido por Xicote (guitarra e programações). Em 1997 com as primeiras resenhas musicais em formato demo (Fresh Fish 1999 e Pig Demo em 2002), os Zedisaneonlight chegam finalmente à edição de um álbum. De título homónimo, o disco caracterizava-se por uma esquizofrenia de ideias conjugadas num todo harmonioso. Ideias capazes de produzir músicas como Give You My (Love), I Decide, C.A.T.S., Electronic Bambi ou Feal No Fear. O disco gravado em Viseu com produção de David Rossi e Pedro Lousada e em que participaram todos os elementos da banda, retrata tal e qual aquilo que são os Zedisaneonlight: irresistíveis, dinâmicos, descomplexados, futuristas e experimentais. Com a critica a acolher bem o cd casos de 4/5 no DN+ e excelente entrevista e capa do jornal Blitz a banda transpôs para palco um concerto esquizofrénico que incluía um convidado um psico dancer … e assim deixaram marcas na I e IV edição da Quinta dos Portugueses, I Galp Energia, Festival Sudoeste 02, Festival Paredes de Coura 03 entre outros apeadeiros.

Indignu - Duzentas Promessas Para um Mundo Melhor


São de Barcelos!
Nasceram em 2004 e morrerão quando assim tiver de ser.
Crescem nos anos noventa, seguidores do post-rock e de novas correntes alternativas.
O 1º álbum chama-se FETUS IN FETU.

Afonso (guitarra / voz / melódica), Jimmy (guitarra / voz / xilofone / orgão vintage / kazoo), Mateus (baixo / piano), Ketas (bateria).

in lastfm.pt


Este tema tem a especial participação de Nuno Rancho e a letra é de Valter Hugo Mãe.
PS: Agradeço ao leonte pelo seu contributo neste post, pois musicas como estas são uma mais valia neste blog,

Azevedo Silva - Carrossel


«Durante alguns anos traduzi press releases. Não foi o trabalho mais enriquecedor que tive, quanto mais não fosse porque ao fim de uns quantos descobri que diziam todos o mesmo: que os últimos trabalhos de cada artista eram sempre os melhores, aqueles que melhor expressavam a sua sensibilidade e individualidade, sempre um melhor produtor, sempre novos instrumentistas, sempre colaborações surpreendentes, sempre improváveis cruzamentos de referências, sempre algo novo ou inédito, sempre uma enriquecedora experiência espiritual, ou mundana, ou as duas coisas, sempre uma banda mais unida do que nunca; sempre um texto publicitário de formalidade, redundante, não particularmente interessante, com o objectivo de vender um produto a comerciantes, facilitar a vida aos jornalistas e chamar a atenção do público e crítica. 

Foi um Azevedo semi-desiludido, semi-derrotado que me chegou ao estúdio, um daqueles precoces a quem a crise de meia-idade chega com vinte anos de antecedência. Sublinhe-se que um actual desiludido é um antigo optimista, alguém que teve problemas a gerir ambições e expectativas e que agora anda às voltas com os clichés do costume: estarei-a-fazer-a-coisa-certa?deverei-corrigir-o-rumo? valerá-a-pena-o-risco-ou-deverei-calar-me-e-conformar-me? Mais os complementos circunstanciais: alicerces que caem, velhos que morrem, casamentos que falham, a sensação de não pertença, a desorientação, a ausência aparente de pontos de referência. Aqueles que nasceram na ressaca de Abril sofrem agora as consequências, os mesmos que antes eram a geração rasca são agora a geração subprime, entalada e encostada às cordas do ringue, sem futuro, sem opções e com as ideias asfixiadas. Resta a irritação latente provocada pela indiferença dos outros: pessoas singulares que cedem ou desistem, pessoas colectivas que se aproveitam disso, instituições maniqueistamente à deriva, uma cultura popular alienada que comunica pouco, mal ou aos urros. Como conseguir ser optimista numa circunstância destas? E como falar destas coisas sem pretensões de intelectualismo? Porquê correr o risco de parecer um velho do Restelo ou um idiota? Porque, apesar de se ter cansado de acreditar, o pessimista é apenas alguém que deseja estar enganado. 

Um conhecido filósofo deu-se um dia ao trabalho de escrever um prefácio a justificar a razão pela qual não faz qualquer sentido escrever-se um prefácio - o livro tem de ser capaz de se explicar por ele próprio, dizia ele - e demonstrou-o pormenorizadamente em sessenta páginas. 

Apenas para contextualizar, Azevedo Silva é um cantautor. No Brasil apelidaram-no de fado-indie, o que faz sentido, dada a estética predominantemente acústica, a tonalidade predominantemente negra, a textura urbana e a influência do rock. Em 2010 apresenta-se com Carrossel. Oiçam o disco, com sorte reconhecerão nele alguma coisa do que aqui está escrito.»

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uaninauei - Cantiga De Um Ladrão

Micro Audio Waves - Fully Connected


Micro Audio Waves é um grupo português. Originalmente um duo formado por Flak (o guitarrista dos Rádio Macau) e C. Morgado (instrumentos electrónicos) o grupo apareceu em 2000, e começou por desenvolver composições com uma orientação minimal e experimental. Esse primeiro estilo pode ser ouvido no seu primeiro álbum (Micro Audio Waves), lançado em 2002.

Com a entrada de Claúdia Efe (vocals) como membro efectivo do grupo, o projecto assume uma nova direcção. A electrónica mais purista foi substituída por canções electro-acústicas de estrutura mais clássica, sem trair a componente experimental. O álbum "No waves", lançado em 2004, foi considerado como um dos mais excitantes álbums do ano por John Peel da BBC Radio One, e ganhou o Qwartz Electronic Music Awards em Paris (melhor álbum e melhor videoclip).

O "hit" principal foi a canção Fully Connected , na qual as instruções de montagem de um aparelho de estúdio (ligeiramente alteradas, por exemplo "until the cable is fully connected" passou a "until the body is fully connected") são cantadas de uma maneira muito sexy por Claudia Efe. O mesmo tipo de letra aparece na canção "sold out" (instruções de um processador de som).

Outro álbum, "Odd Size Baggage" foi posto à venda em Abril de 2007. Duas canções, "down by flow" e "odd size baggage" já tinham sido apresentadas.[1] A canção "odd size baggage" mantém a tradição de letras baseadas em folhetos de instruções, neste caso as de um serviço de protecção anti-roubo (StopTrack).

Micro Audio Waves é um grupo português. Originalmente um duo formado por Flak (o guitarrista dos Rádio Macau) e C. Morgado (instrumentos electrónicos) o grupo apareceu em 2000, e começou por desenvolver composições com uma orientação minimal e experimental. Esse primeiro estilo pode ser ouvido no seu primeiro álbum (Micro Audio Waves), lançado em 2002.

Com a entrada de Claúdia Efe (vocals) como membro efectivo do grupo, o projecto assume uma nova direcção. A electrónica mais purista foi substituída por canções electro-acústicas de estrutura mais clássica, sem trair a componente experimental. O álbum "No waves", lançado em 2004, foi considerado como um dos mais excitantes álbums do ano por John Peel da BBC Radio One, e ganhou o Qwartz Electronic Music Awards em Paris (melhor álbum e melhor videoclip).

O "hit" principal foi a canção Fully Connected , na qual as instruções de montagem de um aparelho de estúdio (ligeiramente alteradas, por exemplo "until the cable is fully connected" passou a "until the body is fully connected") são cantadas de uma maneira muito sexy por Claudia Efe. O mesmo tipo de letra aparece na canção "sold out" (instruções de um processador de som).

Outro álbum, "Odd Size Baggage" foi posto à venda em Abril de 2007. Duas canções, "down by flow" e "odd size baggage" já tinham sido apresentadas.[1] A canção "odd size baggage" mantém a tradição de letras baseadas em folhetos de instruções, neste caso as de um serviço de protecção anti-roubo (StopTrack).

sábado, 13 de novembro de 2010

Deolinda - Um Contra O Outro

Mão Morta - Novelos da Paixão



Em Novembro de 1984 formam-se, em Braga, os Mão Morta com Joaquim Pinto (baixo), Miguel Pedro (guitarra) e Adolfo Luxúria Canibal (voz). A banda utiliza programações rítmicas para substituir a bateria.
Em Janeiro de 1985 estreiam-se ao vivo, com um concerto na Foz (Porto).
Zé dos Eclipses entra para o grupo, como guitarrista e Miguel Pedro passa para a bateria. Joaquim Pinto toca baixo e teclas.
Em Outubro dão um famoso concerto em Braga, onde Adolfo encena a amputação de uma mão.
Em 1986 concorrem ao 3.º Concurso de Música Moderna do Rock Rendez Vous e ganham o prémio de originalidade.
Num concerto em Maio desse ano, Joaquim Pinto e Miguel Pedro não comparecem, tendo os restantes membros improvisado com elementos dos Ocaso Épico.
Carlos Fortes entra para a banda, como segundo guitarrista.
Em Junho de 1987 tocam no Rock Rendez Vous, no concerto de primeiro aniversário da editora Ama Romanta, de João Peste.
Em Agosto de 87 editam uma cassete, na editora Malucos da Pátria, com o título “Mão Morta”, uma edição que é hoje uma grande raridade.
Em Março de 1988 gravam o seu primeiro disco que sairá pela Ama Romanta, com o título “Mão Morta”.
Em Junho de 1989, num concerto antológico e inesquecível, Adolfo corta-se numa perna com uma faca, tendo corrido perigo de vida se não tivessem estancado a hemorragia.
A Câmara Municipal de Braga edita a compilação “À Sombra de Deus”, na qual os Mão Morta participam com o tema “1.º de Novembro”.
No final de 1989 Joaquim Pinto abandona os Mão Morta.
Na compilação “Ama Romanta 86-89”, os Mão Morta participam com o tema “Oub’lá”. Gravam o segundo LP “Corações Felpudos”.
O ex- Pop Dell’ Arte José Pedro Moura estreia-se como baixista dos Mão Morta, num concerto em Aveiro, em Março de 1990 e, pouco tempo depois, António Rafael é membro da banda como teclista.
Em Outubro de 1990 a editora da cidade da Guarda, Área Total, edita a compilação “Insurrectos”, na qual os Mão Morta participam com o tema “Véus Caídos”.
O terceiro LP “O.D. Rainha do Rock & Crawl” é lançado, em Dezembro de 90 pela editora Área Total. Este disco seria, depois, reeditado (em 1992) pela editora alemã Big Noise e teria distribuição na Suiça, Áustria, Alemanha e República Checa.
Zé dos Eclipses parte para os Estados Unidos para terminar a sua tese de doutoramento (lembremos que Adolfo é, ele próprio, advogado) e é substituído por outro ex- Pop Dell’Arte, Sapo.
“Mutantes S.21” é o nome do novo álbum dos Mão Morta, lançado pela Fungui. Neste disco está o tema “Budapeste” que, depressa, se transforma no maior êxito dos Mão Morta, com passagens em várias rádios ligadas ao “mainstream”.
“Visões-Ficções (Nostradamus)” é a versão dos Mão Morta do tema de António Variações incluída na compilação “Variações – As Canções de António”, editada em 1994.
“Vénus Em Chamas” é o novo disco da banda, editado pela BMG, o quinto da sua discografia. Este disco sai em Março de 1994 e é votado o disco do ano pelos ouvintes da Antena 3.
Os Mão Morta participam no concerto e no disco de homenagem a José Afonso intitulado “Filhos da Madrugada Cantam José Afonso” com uma versão de “O Avô Cavernoso”, uma das melhores versões deste duplo CD.
Em 1995 é editada a compilação de regravações de temas dos Mão Morta intitulada “Mão Morta Revisitada”.
Vasco Vaz, ex-guitarrista dos Braindead, entra para os Mão Morta.
Em 1996 é editado o CD single “Chabala”.
Em 1997 apresentam, durante três noites consecutivas, em Lisboa, no CCB o espectáculo com poemas de Heiner Muller que intitulam “Muller no Hotel Hessischer Hof”. Este concerto é gravado e será, depois editado em CD e DVD.
Em 1998 é editado um novo álbum dos Mão Morta: “Já Há Muito Tempo Que Nesta Latrina O Ar Se Tornou Irrespirável”.
Marta Abreu entra para os Mão Morta, como baixista, em 2000. Pouco tempo depois seria substituída por Joana Longobardi. Ambas as baixistas tinham vindo das Voodoo Dolls.
Em 2001 são editados dois discos dos Mão Morta. Um de estúdio (“Primavera de Destroços”no qual ainda participa Marta Abreu) e outro ao vivo (“Ao Vivo Na Aula Magna”).
Em 2003 a editora Quasi edita o livro “Narradores da Decadência” da autoria de Vítor Junqueira (autor do blog “Juramento Sem Bandeira”) onde são contadas todas as peripécias por que a banda de Adolfo Luxúria Canibal passou, desde a sua formação.
“Carícias Malícias” é o nome do novo álbum dos Mão Morta, saído a público em Maio de 2003.
No ano de 2004 surge uma compilação intitulada “Três Pistas” onde os Mão Morta participam. Um dos temas dos Mão Morta, neste disco, é uma versão de “Kayatronic”, dos Corpo Diplomático (incluída no álbum “Música Moderna” de 1979).
Em 2004 os Mão Morta editam “Nus”, o seu novo álbum.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

David Fonseca - Who Are U?

Orelha Negra - A Cura


Quem diria que um disco tuga com música eminentemente urbana e instrumental poderia ser um Top 10 da tabela de vendas nacional? Os Orelha Negra são formados por um conjunto ilustre de músicos apaixonados pelas sonoridades afro-americanas: Sam The Kid, DJ Cruzfader, Fred Ferreira, Francisco Rebelo e João Gomes. Depois de terem tocado juntos na digressão de Sam The Kid em 2008, os cinco resolveram-se juntar e gravar um dos discos mais surpreendentes de 2009. Orelha Negra, o disco de estreia homónimo, não é apenas um disco que faz uma síntese perfeita do presente e do passado e onde o hip-hop é apenas uma forma de integrar todas as influências da música negra (jazz, funk, soul, etc), mas também a prova definitiva que a soma dos talentos individuais pode ser superada por um todo mágico e coeso. Com os Orelha Negra, o termo «Super Banda» deixou de ser um estigma, mas uma fasquia que vai ser difícil superar.

in mtv.pt

Slimmy - You Should Never Leave Me Before I Die


Slimmy é uma banda portuguesa que usa o electro rock como meio de expressão. Aliando um visual irreverente com um estilo de musica viciante, é um dos grandes fenómenos actuais da música Portuguesa .

O Slimmy é oriundo do Porto (Rio Tinto) e o seu verdadeiro nome é Paulo Fernandes. Em palco é acompanhado pelo José Garcez (baterista) e pelo Paulo Garim (baixista). 
Teve uma canção a passar na famosa série CSI (episódio 23 da 4ª temporada). O seu álbum, Beatsound Loverboy está a fazer furor em Portugal, tendo participado no festival Paredes de Coura, na série Morangos com Açúcar e também actuado em França, no Reino Unido e no Estados Unidos da América.

Começou a actuar sozinho entre 1991 e 2000, como One-Man-Show e foi viver para Londres durante algum tempo, onde actuou em algumas das salas mais emblemáticas da capital britânica, como Dublin Casle, Hope And Anchor, Rhythm Factory e Bull And Gate. Foi também convidado para fazer a abertura dos concertos dos americanos Electric 6, na sua tour inglesa.

Regressou a Portugal e em 2007, já com a banda e após uma digressão de mais de 40 espectáculos, edita, em Setembro, o seu 1º álbum, Beatsound Loverboy. É considerado um dos melhores discos do ano.

Em 2008 percorreu novamente o país, na Sex And Love Tour, tocando ao vivo temas inéditos. No último trimestre do ano lançou o 3º single do seu álbum de estreia, You Should Never Leave Me (Before I Die), cujo videoclip foi o 1º a ser gravado na Casa da Música, no Porto.

Nesse ano foi também nomeado para os Globos de Ouro como Revelação do Ano e para os MTV Europe Music Awards na categoria de Best Portuguese Act.

 - A música Bloodshot Star fez parte de um episódio da famosa série norte-americana CSI Miami(episódio 23 da 4ª temporada);
 - A música Self Control serviu como banda sonora do genérico de um programa de resumos desportivos na Sky Sports ;
 - A música Beatsound Loverboy fez parte da banda sonora da época passada da novela da TVIMorangos com Açúcar (eles tocaram esta música ao vivo no episódio da festa de fim de ano);
 - A música You Should Never Leave Me (Before I Die) faz parte da banda sonora da actual época dos Morangos com Açúcar ;
 - As músicas Showgirl e Bloodshot Star fazem parte da banda sonora da novela da SIC, Rebelde Way

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mão Morta - Budapeste

Ornatos Violeta - Dia Mau

Tiago Bettencourt & Mantha - O Labirinto


Depois do sucesso alcançado como vocalista dos Toranja, Tiago Bettencourt decide trilhar um caminho a solo. Aproveitando a paragem que o grupo fez na sua actividade, o cantor dedicou-se à preparação do seu álbum de estreia em nome próprio, intitulado Jardim e lançado em Outubro de 2007. Canção Simples, «uma espécie de brincadeira (...) com a [questão da] rima fácil» como descreve, foi o primeiro single deste trabalho, para o qual Tiago Bettencourt terá levado algum do material que compôs com os Toranja, enquanto andavam em digressão. O mesmo single conta também com uma versão em que o cantor junta à sua voz a de Sara Tavares. O dueto faz parte de uma edição em vinil do single. Para este disco o cantor reuniu também novos companheiros musicais, João Lencastre, Pedro Gonçalves, dos Dead Combo (no disco) e Tiago Maia (ao vivo), que formam os Mantha. De resto, é como Tiago Bettencourt e os Mantha, que se apresenta nesta fase da sua carreira, que não gosta de chamar de a solo. A produção e mistura dos temas contou igualmente com uma colaboração de peso. Jardim foi gravado em Montreal, no Canadá, com o produtor Howard Bilerman, que trabalhou com os Arcade Fire no álbum Funeral.

Humanos - Maria Albertina


Vinte anos após a morte de António Variações, três conhecidos músicos portugueses deram voz a alguns inéditos de um dos maiores compositores nacionais. Manuela Azevedo, Camané e David Fonseca juntaram-se para dar vida a um cd com doze originais de Variações. O compositor, nascido há 60 anos, deixou algumas gravações caseiras, em cassete. Em poder da família até agora, estas canções deram origem ao terceiro cd de António Variações. O primeiro single, com a voz emprestada de Manuela Azevedo (vocalista dos Clã), já está a ter um enorme sucesso.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

At Freddy's House - Road to Rebellion


Fred iniciou o projecto At Freddy’s House em 2006. Nesse mesmo ano, coincidindo com as gravações do primeiro trabalho de originais, as músicas “Rubber Nose” e “Drunken Boat” foram escolhidas para fazer parte do “Acorda!” primeira compilação de nova música portuguesa em mp3.

Em 2009 o seu projecto é representado nas colectâneas “Novos Talentos FNAC” com o tema “My Falling House” e no “3 Pistas Vol.2” organizado pela Antena3 com “Tempest Girl” e o cover da “Dancing in the Dark” de Bruce Springsteen. Também em 2009 é editado “Lock”, o primeiro EP que tem agora a sua versão completa no álbumLOCK FULL VERSION. Neste primeiro álbum, Fred (voz, guitarra, piano, hammond) conta com a participação de Amir (baixo e contrabaixo), Miguel Pedro (bateria) e João Covita (acordeão).

GNR - Mais Vale Nunca


História Os elementos iniciais do grupo eram Toli César Machado (bateria), Alexandre Soares (guitarra) e Vítor Rua (guitarra). Pouco tempo depois entra para a banda o baixista Mano Zé que já tinha tocado com Rui Veloso. Os GNR foram um dos grupos que melhor corporizaram o chamado rock português no início da década de 80. Formada actualmente por Toli César Machado (bateria), Jorge Romão (baixo) e Rui Reininho (vocalista), a banda conheceu várias formações ao longo dos tempos e também inúmeras polémicas. A banda é um dos grandes símbolos da cidade do Porto, por tudo o que sempre significou e ainda pelo carinho que sempre demonstraram pelo povo da zona. Discografia
Álbuns
* 1982 - Independança (LP, do qual se extraiu o êxito "Hardcore [1.º escalão] e a excelente "Agente Único") * 1984 - Defeitos especiais (LP, com os êxitos "Piloto automático", "Mau pastor" ou ainda a desconcertante "Absurdina") * 1985 - Os homens não se querem bonitos (LP, com os êxitos "Dunas" e "Sete Naves") * 1986 - Psicopátria (LP, com os êxitos "Efectivamente", "Pós modernos" e "Bellevue") * 1989 - Valsa dos detectives (LP, com os êxitos "Impressões digitais" e "Morte ao Sol") * 1990 - GNR in vivo (álbum gravado ao vivo no Coliseu dos Recreios em Lisboa) * 1992 - Rock in Rio Douro (CD, contando com os duetos com Javier Andreu em "Sangue Oculto" e Isabel Silvestre em "Pronúncia do Norte", e ainda os temas "Ana Lee" ou "Sub-16") * 1994 - Sob escuta (CD, com os êxitos "+ Vale Nunca", "Las Vagas" ou "Dominó") * 1998 - Mosquito (CD, com os temas "Ananás", "Mosquito", "Saliva" ou "Tirana") * 1999 - Os Homens Não Se Querem Bonitos (CD, com o êxito "Apartheid Hotel") * 2000 - Popless (CD, com os temas "Popless", "Essa Fada" e "Asas (Eléctricas)", que serviu de banda sonora ao primeiro telefilme da SIC, Amo-te Teresa) * 2002 - Do lado dos cisnes (CD, com "6.ª feira (um seu criado)", "Morrer em português", "Tu não existes" ou "Canadadádá") Compilações * 1996 - Tudo o que você queria ouvir - o melhor dos GNR (compilação de êxitos, inclui ainda os originais "Julieta Su&Sida", "Pena de morte" e "Corpos") * 2002 - Câmara lenta (compilação, com dois inéditos, "Vocês" e "Nunca Mais Digas Adeus") * 2006 - ContinuAcção - O Melhor Dos GNR Vol. 3 (CD duplo, 3ª Colectânea de êxitos dos GNR, com 33 temas, entre os quais 11 nunca editados em CD) Singles * Portugal na CEE (Single, 1981) * Sê Um GNR (Single, 1981) * Hardcore (Single, 1982) * Twistarte (Máxi-Single, 1984) * Pershingópolis (Máxi-Single, 1984) * Dunas (Single, 1985) * Efectivamente (Single, 1987) * Ao Soldado Desconfiado (Single, 1987) * Vídeo Maria (Máxi-Single, 1988) * Quanto o Telefone Pecca (Máxi-Single, 1992) * Dunas (Single, 1996) * Mosquito (Single, 1998) * Canadada (Single, 2003) Colectâneas * Filhos da Madrugada (1994) - Coro dos Tribunais * A Cantar Con Xabarín III/IV (1996) - Corpos * XX Anos XX Bandas (1999) - Quando Eu Morrer * Danceteria (2000) - Digital Gaia

sábado, 6 de novembro de 2010

Corações de Atum - Gosto de Ti (Realmente)


Os Corações de Atum tocam bem e o cantor, Manuel João Vieira, canta a sério. Apetece-lhes canções que fazem ora sonhar ora sorrir. 

O álbum de estreia do grupo, agora a ser editado, foi gravado em 2008 e não é um álbum; são dois discos, “Romance” e “Hardcore”; ou, talvez, “Hardcore” e “Romance”. Qual é o CD 1 e qual é o CD 2 ninguém sabe. Será o Romance um mero pretexto para o Hardcore? Ou o Hardcore um inocente instrumento do Romance? Se alguém souber... não diga.

“Corações de Atum” começou por ser, nos anos 90, o nome duma canção e dum CD em que Lello Minsk, aliás Manuel João Vieira, cantava temas românticos acompanhado pelo conhecido pianista e arranjador Shegundo Gallarza. Depois, houve uma cisão: Lello Minsk passou a fazer-se acompanhar pelo Pianista de Boite; os Corações de Atum nasciam no clube ao lado e tocavam o jazz dum passado que nunca existiu, com muitos solos no meio das canções.

Hoje, a banda é composta pelo guitarrista e arranjador Nuno Ferreira, o pianista Rui Caetano, o contrabaixista João Custódio e o baterista Marco Franco. Outro grande músico, Filipe Melo, que já tocou piano com eles, aparece por vezes para fazer algum arranjo de cordas. Porque pode haver cordas. E sopros. Nunca se sabe quem aparece. E há, é verdade, o cantor, bandolineiro, banjista e tocador de harmónica – que ainda escreve a maioria das canções –, Manuel João Vieira.

Chamar a Vieira um segredo bem guardado não é coisa que ocorra a muita gente. Primeiro, porque ele – ou eles que não lhe faltam heterónimos – fala alto. Depois, já se sabe, fala grosso. Daí que até apeteça dizer, pelo contrário, que toda gente o conhece. Será? E qual deles?

Na rádio já se ouve o apaixonado “Gosto de Ti”. Segue-se uma colorida galeria de personagens que vão desde o Zé Gorila gabarolas até ao desgraçado que vive Dentro duma Lixeira, passando pelo inquietante narrador de Amor Cortante, o Cowboy Solitário, o competentíssimo protagonista de Strip Tease e o apaixonado crooner da Chaminé do Vapor, sem esquecer os sedutores em apuros que contam com a ajuda – preciosa! - do Totoloto ou do Euromilhões. Em bolero, balada, country & western, samba-canção, jazz; com solos; com tripas. Romance e hardcore. 

A gravação foi feita no Maxime, praticamente ao vivo, os cinco músicos da banda quase sempre a tocar juntos; os convidados (corda e sopros) apareceram para fazer overdubs, sem cachet que são admiradores do Manel; depois, retocou-se aqui e ali e José Fortes, que já tinha gravado, misturou e co-produziu, com sabedoria e camaradagem. 

A capa é de Pedro Proença. As ilustrações e o arranjo gráfico do booklet são de Luís Miguel Castro. Um e outro contribuíram decisivamente para um objecto muito bonito que serve de senha a quem queira entrar no mundo inocente e proibido dos Corações de Atum. Romance. Hardcore. Ou precisamente o contrário.

in musicatotal.net

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Repórter Estrábico - Mamapapa

 

Formados desde 1987, tiveram um percurso acidentado passando por várias formações, mantendo sempre intacto o seu objectivo primordial: a procura da canção perfeita. Olhando o mundo com uma visão própria e atenta, quase sempre divergente, procuraram sempre acrescentar algo de novo a tudo aquilo que já foi dito e feito.
A banda criou cinco álbuns e um par de EP's, onde espraiou o seu techno-pop, inovador e com um toque de ironia, em títulos indispensáveis como "Uno Dos", "1 Bigo", "Disco De Prata", "Mouse Music" e "Eurovisão".
Na sua formação original, os Repórter Estrábico eram: Paula Sousa (sintetizador, sampler, piano e voz) António Olaio (voz), Paulo Lopes (guitarra), Luciano Barbosa (caixa de ritmos, percussão e voz), José Ferrão (guitarra) e Anselmo Canha (baixo), e são estes elementos que, em 1991, editam "Uno Dos", o seu álbum de estreia, que contou com produção de Jonathan Miller e Vitor Rua.
Seguiu-se "1 Bigo", em 1994, gravado já sem António Olaio (uma figura carismática dentro do grupo) e Paula Sousa, mas com João Bruschy (bateria), Manuel Ribeiro (teclas) e Nuno Pires (voz).
Em 1996, os Repórter Estrábico editam "Disco De Prata", desta feita, sem a colaboração de José Ferrão.
Para 1999, a banda reservou "Mouse Music", um disco actual que cruza a programação digital com o desempenho de excelentes músicos (Anselmo Canha, Luciano Barbosa, Manuel Ribeiro e Paulo Lopes) dentro do formato clássico da canção pop, uma fórmula que sempre acompanhou os Repórter Estrábico, e que, neste álbum, foi temperada com fortes batidas de dança. O primeiro single extraído de "Mouse Music" é "MamaPapa", um tema imediato e mordaz, com um teledisco que teve uma passagem regular na televisão portuguesa e que recebeu elogios pela sua originalidade.
Em 2002, o regresso foi feito ao som do EP "Requiem", seguido do album "Eurovisão" em 2004.

in blitz

Márcia - A Pele Que Há Em Mim


Freddy Locks - Bring Up The Feeling


Frederico Oliveira a.k.a. Freddy Locks, nasceu a 9 de Dezembro de 1977. Cresceu no mítico bairro de Alvalade em Lisboa e faz parte de uma geração que fez historia na cena punk-rock portuguesa, nomes como "Censurados", "Ku de judas", "Tara perdida", "Dalai lume", etc, são tudo bandas que nasceram ou que vieram de Alvalade e com quem Freddy partilhou muitos momentos da sua juventude. Freddy começou a tocar musica numa banda punk aos 17 anos. Nessa altura estava completamente empenhado no movimento anarquista e Okupa de Portugal e Espanha. No verão de 1995 teve uma serie de experiênçias que mudaram a sua vida para sempre. Nas suas palavras: "...nesse verão encontrei a minha luz, o segredo da realidade positiva. Encontrei aquilo a que as pessoas chamam "Deus" e que vive dentro de todos os seres vivos. Encontrei o meu caminho através dos lugares e das pessoas que conheci e através da musica Reggae". È nesta altura que Freddy começa a esccrever canções e a tocar e a cantar no Metro de Lisboa e em todos os lugares por onde passa. Apesar da sua mensagem ser anarquista, a sua voz sempre soava a reggae. Em 1999 ele formou a banda "Nature" e juntou-se aos "20 pás 8". Em ambos os casos como vocalista principal e guitarrista. Com estas bandas Freddy tocou em varias casas okupadas e eventos anarquistas, especialmente com "20 pás 8" cujo som e mensagem era descrito pelos fans como "reggae-punk". Esta banda acabou em 2003. Em 2004 Freddy grava o seu primeiro álbum com o produtor de reggae Asher Guardian, chamado "Rootsrockstruggelling". Este Album foi totalmente independente , mas chegou á rádio Antena3 e a canção "Wake up" foi nomeada "canção do Ano" pelo programa "Radio Fazuma". Também em 2004, Freddy formou a banda "Poormanstyle", banda que chegou a partilhar o Palco com as lendas "Sly & Robbie" no festival Musa. Em 2006 Freddy começa o seu projecto a solo e grava o álbum "Bring up the feeling", pela editora "Gumalaka", a primeira editora independente de reggae em Portugal. Este álbum foi nomeado "Àlbum do ano" por uma votação nos sites "Sunshine reggae" e "Zona Reggae". O single "Bring up the feeling" entrou para a playlist da rádio Antena3 e chegou numero um da tabela dos mais pedidos pelo publico. O videoclip da mesma canção também entrou na playlist da MTV Portugal. O álbum "bring up the feeling" é refençiado pela critica como uma prova do amadurecimento da musica reggae feita em Portugal. Em Digressão por Portugal em 2008 e 2009, o novo album de Freddy Locks será editado em 19 de Abril de 2010.

Rui Reininho - Bem bom


Rui Reininho - Companhia das Índias (Por João Gobern)
De que é feito um artista de variedade? De carisma, de talento, de trabalho, de figura, de atenção, de palavra. Se aceitarmos o domínio pop nacional como cenário, a meia dúzia de atributos nada acessórios que ficou listado já aponta os focos na direcção de Rui Reininho. Juntando o humor que lhe vem da formação e dos palcos e o “angst” a que a sua geração não escapa (nem tenta…), torna-se mais fácil perceber que só o Rui poderia, sem prejuízo de um álbum que é o seu retrato – diletante mas conciso, provocador mas aflito, irónico mas sincero, intenso mas decadente, tão profundo ou tão superficial quanto se queira –, reunir uma autêntica “companhia de índios” que desse arcaboiço e pluralidade à sua “Companhia das Índias”. É fácil de entender, a ideia que serve de base: Reininho está habituado, desde essa revolução inquieta chamada “Independança”, a trabalhar em grupo. No caso, os GNR. Portanto, o “mais vale solo” não se aplica. Como bom anfitrião, ele convidou, desafiou, estimulou, enquadrou. O quê? Um dos mais profícuos encontros de músicos portugueses de primeira linha, cruzando escolas e gerações, do seu antigo parceiro Alexandre Soares a Slimmy, de Rodrigo Leão a New Max (dos Expensive Soul), de Legendary Tiger Man a Margarida Pinto (Coldfinger) e a João Pedro Coimbra (Mesa), reservando um papel especial para o responsável pelo guarda-roupa das canções: Armando Teixeira (também conhecido como Balla). À sua maneira, Reininho chamou a si duas canções de outros tempos e universos: “Bem Bom”, imagem de marca das Doce, e “Faz Parte do Meu Show”, emblema e património do brasileiro Cazuza. Passam, com direitos adquiridos pelo mérito, a ser temas próprios. Voltemos, no entanto, aos originais. Para constatar o prazer dos contribuintes (caso raro) do disco. Quatro exemplos, sem demoras. Slimmy, compositor de “Morremos A Rir”: “O Rui começou por ser um conhecido dessa longínqua noite interessante e picante do Porto. No caso, fiz algumas canções que não via maneira de utilizar no meu projecto, mostrei-lhas e deixei-o voar com elas… Depois, fiquei à espera que ele achasse coerente aquilo que tinha para lhe dar. Agora, ter o Rui a cantar (em melhor forma do que nunca) e a dar personagem e personalidade a uma das minhas canções, ter o Zé Pedro a tocar guitarra no mesmo tema, ter a produção sublime do grande Armando Teixeira, faz o meu ego encher, obviamente: alguns dos meus ídolos de infância estão aqui... Faz-me sentir bem com o panorama pop rock nacional: estamos a produzir, existe união e efervescência de ideias e de músicos, e há criatividade”. New Max, que escreveu “Turbina & Moça”: “Trabalhar com o Rui é ter o privilégio de lidar com uma «lenda», um herói de gerações, pois crescemos com as suas letras e melodias. Este album é um «solo» de três décadas de sabedoria e inspiração.Por isso, «liguem as turbinas que aí vem moça»”. A Margarida Pinto coube a melodia de “Triste S (1857)”: “Quando fui contactada pelo Rui para uma colaboração no seu disco a solo, como compositora, fiquei bastante surpreendida. O Rui é um ícone da pop, ímpar no nosso quadro musical, e creio que com este trabalho deixa bem claro que nem faz parte do passado, nem está ultrapassado. A sua marca fica bem impressa num disco bastante heterogéneo. Como intérprete, o Rui tem o grande valor acrescentado de uma voz que é imediatamente reconhecida pelo público e a minha intenção com o tema foi precisamente a de criar um espaço para essa voz. O resultado foi uma canção íntima e intimista. Muito bonita.” João Pedro Coimbra, que assina “Lados B”: “O Rui é um herói à antiga. Muito por culpa da sua «tri-polaridade» assumida (!), consegue atravessar, incólume e com distinção, mais de 30 anos de actividade artística com uma frescura e «pinta» raras no nosso panorama Pop/Rock. O Rui é uma estrela em cima e fora do palco. Dizem que se nasce com ele, o talento. Quando generosamente me convidou para colaborar neste disco, imaginei um tema que servisse aquilo que o Rui é para mim: um «crooner a sós-moderno», corajoso e em jet-lag entre o Porto e Las Vegas. Party Hard!” Se houvesse dúvidas, estes testemunhos deixariam tudo transparente: Reininho fez da experiência e do estatuto apenas um veículo para mobilizar talentos, para sentir os apoios indispensáveis a um passo que, sendo lógica, nem por isso se revela menos arriscado, para quem sempre teve o suporte de um grupo. A lucidez de uma liderança, que também é saber delegar e saber em quem, também fica à vista na escolha de Armando Teixeira, produtor, compositor e instrumentista. Que faz, em síntese, o relato da experiência: “Rui Reininho é somente o músico português que mais admiro e o disco dos GNR, «Independança», um dos discos portugueses mais importantes para a minha formação de músico – agora imaginem o que significa para mim produzir o primeiro álbum a solo do Rui. O meu maior desafio como produtor foi dar unidade a um disco cujos temas foram compostos por tantos compositores diferentes. Os textos do Rui foram fundamentais. A sonoridade do álbum, queria-a igualmente coesa. Comecei por aceitar as sugestões dos compositores. O que alterei ou acrescentei serviu para aproximar a canção ao todo ou a alguma ideia que as primeiras audições da maqueta me sugeriram. Os três temas que compus tiveram origens diferentes: «O Estranho Caso do Amante Preguiçoso» é um tema que compus a pensar no Rui e na sua voz, para uma colectânea do Frágil sobre Lisboa. O «Dr. Optimista», inicialmente, não foi composto para o Rui, mas depois de feito não podia ser cantado por mais ninguém. Para mim, acaba por ser o tema que melhor representa o disco. O «Al Faquir» foi a última música a entrar no alinhamento. Senti que fazia falta um tema assim, que poderia ter como título o título do álbum.” Podia ser um filme, este disco. Mas difícil seria arrumá-lo num género: tem drama e comédia, tem acção e aventura, tem diálogos de primeira água, tem uma luz para cada cena, ora natural e crua, ora carregada de filtros e neons. Tem, às vezes, um ambiente de “film-noir”. E até consegue ter pedaços generosos de “biopic”, ou não fosse centrado na vida, nos impulsos e nas ideias do “actor principal”. Mas, se preferirem, vejam-no como um espectáculo de circo: os malabarismos são mais do que muitos, as forças combinadas são poderosas, há contorcionismo e feras à solta, à espera de um domador, há tempo para o trapézio voador, há – evidentemente – um intrincado número de magia. Só não há palhaços. Mais simples, ainda: aceite-se este disco pelo que ele é. Um manual prático de música pop, tão colorido que até usa magistralmente o preto-e-branco, tão fascinante que – pelo menos temporariamente – apaga tudo o que Reininho foi deixando pelo caminho, tão brilhante no uso das palavras que merece ser estudado por todos os que ambicionem escrever poesia para canções, tão sincero que nos esquecemos dos “sauts d’humeur” que deixa transparecer, tão febril que apetece não o largar, tão cheio de soluções mas tão longe de qualquer espécie de novo-riquismo, tão intemporal como portador de notícias frescas, tão bem acabado que nem parece Português, com vossa licença. Não há como não ficar feliz diante do que aqui se ouve – por todos, mas sobretudo pelo Rui, capaz de mais um “murro no estômago” que é, afinal, um gesto do seu carinho tímido. Fiquem com ele, desde já: ficam numa óptima “Companhia”.

Mind Da Gap - Sintonia


Começaram por se chamar Da Wreckaz. Com este nome deram alguns concertos pelo grande Porto, e conseguiram arranjar o dinheiro para comprar equipamentos musicais, a partir desta altura decidiram mudar o nome para Mind da Gap.

Em 1995, depois de alguns contactos por parte de editoras interessadas, os Mind da Gap decidem editar o seu EP Mind da Gap pela Norte Sul. Em 1996 fazem uma remistura para os Cool Hipnoise e um cd-single em colaboração com os Blind Zero de seu nome Flexogravity. Em 1997 editam o seu primeiro álbum Sem Cerimónias misturado por Troy Hightower e em 2000 editam o seu segundo álbum A Verdade. Suspeitos do Costume, o álbum que lhes deu maior exposição, é editado em 2002 pela editora Norte Sul, alcançou, em Portugal, o disco de prata. Depois álbuns a solo por parte de Serial e Ace, os Mind da Gap editam em 2006 um novo álbum intitulado por Edição Ilimitada.

Recentemente lançaram uma compilação: Matéria Prima (1997-2007) com temas dos seus quatro álbuns incluindo também temas novos e inéditos. Fizeram a sua apresentação nas FNAC de Braga, grande Porto e grande Lisboa. Os Mind da Gap anunciaram o lançamento de um novo álbum para o ano de 2009, que conta com o single de avanço Abre os Olhos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mundo Cão - Morfina

Nuno Rancho - Unready


O que mais nos tocou quando pela primeira vez vimos NUNO RANCHO ao vivo, foi a sua extraordinária simplicidade, apesar da sofisticada teia de pedais que a seus pés se iam ligando e desligando, à razão da velocidade com que os seus loops de guitarra e voz eram gravados e disparados. Logo ali percebemos estarmos perante um talento inato, que já se dera a conhecer noutros invólucros (Wheelchair, Kyoto e, mais recentemente, The TiMaria) mas que ali se despia solitário, deixando transparecer claramente a verdade da sua alma e a sua mais profunda essência. Essa sensação provocada por um músico de Leiria, já não a tínhamos desde que descobrimos Yesterday (projecto de Pedro Augusto que tocou no Fade In 2005 na primeira parte dos norte-americanos Xiu Xiu e que posteriormente viria a ganhar o famoso concurso Termómetro Unplugged…) e raramente a sentimos mesmo quando testemunhámos a prestação de ilustres com nomes feitos na praça … Sabemos que um talento assim só está ao alcance de predestinados, e que o sucesso depende, quase sempre, da porta certa que se abre. Se outros, de talento semelhante como Jeff Buckley, Andrew Bird, Rufus Wrainwright ou Tom Yorke conseguiram, arrogue-nos o direito de desejar que, aos 27 anos, NUNO RANCHO venha a conseguir feitos de igual montra. Mantenha ele a simplicidade e a humildade que lhe descobrimos como maior virtude… 

By Carlos Matos (Fade In Festival)

Blind Zero - Snow Girl

Klepht - Antes & Depois

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Maria Clementina - Vou ser alguém

Per7ume & Rui Veloso - Intervalo


Queimar algo para libertar perfume é um recurso muito antigo. A própria palavra "perfume" sugere, aliás, sua origem fumegante. Tanto o português "perfume", como o francês "parfum", o italiano "profumo" e o inglês "perfume" derivam efectivamente do latim ..fumus.., talvez numa referência às volutas de fumaça perfumada que subiam aos céus durante os ritos em homenagem aos deuses. Hoje Perfume é algo mais que isso, é o apelo ao sentido mais nobre de todos e é curiosamente transformado em música...

Formado no Porto a 07-07-2007, o PER7UME define o seu aroma com as essências de A.J. Santos na voz e guitarra, José Meireles na guitarra, Bruno Oliveira na bateria, Nelson Reis no baixo e Elísio Donas (ex-Ornatos Violeta) nos teclados. Sem um grande antecedente comum, o projecto fechou-se em estúdio desde logo para produzir aquele que seria o seu álbum de estréia (homónimo) composto por 10 faixas, de onde se destacam as participações de Rui Veloso em "Intervalo" e Dan Mcalister ao piano da balada "(estrela da) Má Sorte. A exímia produção ficou a cargo de Vitor Silva, que também misturou e masterizou o disco. Terminado o processo de produção, a banda assinou em Fevereiro de 2008 um contrato de edição discográfica com a Chiado Records e partiu à conquista dos palcos, tomando de assalto os tops radiofónicos de Portugal, seduzindo o público com a sua fragrância fresca de pop-rock.

O 7 é o número da perfeição. Não obstante qualquer pretenciosismo por parte dos PER7UME, este é o projecto de vida e carreira de todos os músicos que o compõe, através do qual buscam o equilibrio.

No 1º ano de actividades a banda viu o seu disco de estreia tornar-se disco de Ouro e fazer parte do top 100 Europeu, Nº1 de top Radiofonico Nacional, 1º lugar do Top digital downloads e de Ringtones, tudo com um único single. O álbum, na sua 1a edição, fazia-se acompanhar de uma amostra do perfume da banda, o P7, produzido propositadamente pela sebejamente conhecida marca Kenzo, item que estará disponivel brevemente no circuito comercial.

A solicitação para presença em Novelas foi fugaz, para os titulos da TVI "A Outra", "Feitiço de Amor", "Olhos nos Olhos" e "Flor do Mar" e da Sic "Podia acabar o Mundo".

Em meados de 2008 gravam "Versos de Amor" para a compilação de Tributo a Carlos Paião, seguem-se as participações em compilações tais como Nº1, Now19, Winter Jam, etc.

Em Agosto sai Elisio Donas e entra José Luis Rodrigues para o lugar de teclista.

Depois de tão bem sucedidos espectáculos da Tour "Aroma", com especial destaque para o do Coliseu do Porto a convite de Rui Veloso e o concerto de Natal no Palácio de Belém para o Prof. Cavaco Silva, o Presidente da República, a banda realizou duas produções arrasadoras. 1º no Porto, onde esgotou a sala do Cine Batalha e depois na Aula Magna em Lisboa, com o propósito de rodagem do DVD ao vivo que será lançado em meados de 2009 com a reedição do disco de estréia, já Disco de Ouro, que trará 3 temas extra, registados recentemente em estúdio. Desde o Natal de 2008 que os novos modelos de telemóveis da marca SAMSUNG trazem incluido o disco PER7UME em formato digital!

A banda é aclamada como a grande revelação Nacional do ano 2008, para além de inúmeras outras nomeações e prémios e prepara já um novo álbum...

o PER7UME emana!

Locations of visitors to this page