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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

1-Uik Project - Serenata (Spring Samba)


“…Será possível criar um disco em uma semana?”

Não é propriamente um grupo recente, mas como são portugueses merecem um destaque. Este projecto surgiu em apenas uma semana (daí o nome “1-uik Project”) com João Barbosa (encarregue da programação) e Kalaf (na voz), como também Melo D e Cyz. Por vezes os trabalhos intensivos são os que têm melhor proveito, este projecto tem muita liberdade de improviso, com variações entre funk e soul, ritmos africanos e hip-hop. Surge então um projecto de 45 minutos de muita qualidade, entre a poesia e o ritmo, refinados com a voz de Kalaf e condimentados com a voz de Melo D.

in http://loungingspace.blogspot.com

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Rodrigo Leão - O Fio da Vida


A carreira de Rodrigo Leão é singular e riquíssima, estando ligada a alguns dos mais importantes momentos da cena musical portuguesa pós-1980. Rodrigo vê-a quase como um filme ou um livro com diversos capítulos, mas sempre com ligação entre eles. Explica-nos que os seus modos nunca se chegaram a alterar e que há coisas que tendem a não mudar: «mesmo no princípio da Sétima Legião fazia coisas que ainda hoje repito», explica, para reforçar a ideia de uma continuidade que a sua música transporta.

A Sétima Legião foi uma lufada de ar fresco e de modernidade na cena musical portuguesa quando surgiu em 1982 pela mão, precisamente, de Rodrigo, Pedro Oliveira e Nuno Cruz. «A Sétima Legião traduzia as influências não só de Manchester, mas também da Galiza, por exemplo, e nisso talvez tenhamos sido diferentes», afirma, em retrospectiva, Rodrigo. A estreia do grupo foi com o single «Glória», clássico maior da nossa música que continha letra de Miguel Esteves Cardoso. Em 1984 aconteceu a estreia em formato grande, com o álbum «A Um Deus Desconhecido», na editora Fundação Atlântica de MEC e Pedro Ayres Magalhães então dos Heróis do Mar. «O meu álbum favorito da Sétima Legião? Talvez o "A Um Deus Desconhecido"», esclarece Rodrigo: «Foi feito com o António Pinheiro da Silva, engenheiro de som que eu respeito muito e é um álbum que já tinha ali um lado cinematográfico expresso nos instrumentais», refere o compositor, reforçando, uma vez mais, a ideia de que tudo na sua carreira está interligado.

Rodrigo fez ainda os álbuns «Mar D'Outubro» (87), «De Um Tempo Ausente» (89), «O Fogo» (92), «Auto de Fé» (94) e «Sexto Sentido» (99), marcos de uma carreira que soube equilibrar os favores do público e o respeito da crítica.

Em 1986, paralelamente à Sétima Legião, Rodrigo Leão e Pedro Ayres Magalhães deram início a uma nova aventura que teria profundas repercussões internacionais: os Madredeus. De baixista na Sétima Legião, Rodrigo passou para teclista nos Madredeus e logo aí estabeleceu-se outra ligação com o futuro da sua carreira a solo. Em Dezembro de 1987 os Madredeus estrearam-se com o duplo «Os Dias da Madredeus», gravado no teatro Ibérico de Xabregas. O álbum apontava uma nova direcção para a música portuguesa e não tardou a colher os favores do público. O sonho de expansão começa a concretizar-se com viagens a Bolonha, Coreia do Norte, revelando aí a vocação universalista do projecto.

«Existir» (90) e «Lisboa» foram os álbuns seguintes dos Madredeus e o aprofundar de uma carreira de sucesso. Rodrigo Leão, no entanto, continuava a revelar uma irrequietude artística invulgar e lançou-se a solo em 1993 com «Ave Mundi Luminar», primeira amostra da sua visão particular do mundo, com participações de Teresa Salgueiro, Francisco Ribeiro e Gabriel Gomes, dos Madredeus.

Rodrigo gravaria «O Espírito da Paz» (94) e «Ainda» (95), dois álbuns registados em paralelo nas mesmas sessões. «Ainda» sairia, no entanto, já depois de Rodrigo ter abandonado os Madredeus para se dedicar à sua carreira a solo. É também o disco que Rodrigo elege como o seu favorito nos trabalhos que realizou com os Madredeus: «Foi o Wim Wenders que escolheu aquelas canções que caíram mesmo bem no filme», explica.

Com a estreia a solo, Rodrigo Leão começou a explorar novas sonoridades, aproximando-se de alguma música contemporânea, do minimalismo e iniciando aí uma viagem que já o conduziu a muitas sonoridades: «Na minha música», refere o compositor, «há desde o Michael Nyman ao tango e à música francesa».

Em álbuns como "Ave Mundi Luminar" (1993), "Mysterium" (1995), "Theatrum" (1996) e "Alma Mater" (2000) a presença de antigos textos em latim executados por vozes líricas indicava claramente o universo para que Rodrigo Leão queria remeter os seus ouvintes. Mas mesmo em trabalhos mais recentes, como o álbum ao vivo "Pasión" (2002) e "Cinema" (2004), esse caminho muito próprio de Rodrigo Leão, pleno de misticismo, também se faz sentir. O carácter contemplativo e introspectivo de parte da música deste grande compositor português é inegável e mesmo na retrospectiva de carreira que é "O Mundo (1993-2006): O melhor de Rodrigo Leão", editado internacionalmente no final de 2006, é notória a divisão do reportório deste compositor entre as canções mais "mundanas", próximas do tango, da música para cinema ou da bossa nova - como acontece com «A Casa» a que Adriana Calcanhotto deu voz no álbum «Alma Mater» - e as peças mais espirituais que ocupam o segundo CD desta retrospectiva. A exposição internacional garantiu-lhe os mais rasgados elogios: Pedro Almodóvar, por exemplo, não teve dúvidas e descreveu Rodrigo Leão como «um dos mais inspirados compositores do mundo». Alianças com nomes de primeiro plano a nível internacional, como Beth Gibbons e Ryuichi Sakamoto que participaram em «Cinema», são igualmente prova do alcance da música de Rodrigo Leão e do seu apelo universalista.

Em 2007, Rodrigo deu música às imagens da excelente série de televisão «Portugal - Um Retrato Social» e percorreu várias salas do nosso país com essa música que ajudou a compor o nosso retrato sociológico. Seguiu-se o desafio dos responsáveis pela maior série de ficção já produzida em Portugal, «Equador», para a qual Rodrigo compôs algumas evocativas peças que são já momento alto dos seus concertos, por estarem ligadas a alguns dos mais emocionantes momentos do desenrolar dessa história.

Pelo meio da sua carreira a solo, Rodrigo teve ainda tempo para lançar o projecto Os Poetas que exploraram o universo das palavras e da poesia e das emoções com o álbum «Entre Nós e as Palavras», de 1997.

Agora abre-se mais um capítulo na história ainda em desenvolvimento de Rodrigo Leão. Chama-se «A Mãe» e é um ambicioso trabalho com participações de peso como acontece com Neil Hannon, o homem dos Divine Comedy, que dá voz a «Cathy», Stuart A. Staples dos Tindersticks que surge em «This Light Holds So Many Colours» ou Melingo, o grande embaixador do novo tango argentino que surge em «No Sè Nada».

«O Cinema Ensemble», explica Rodrigo, «participa muito mais neste disco. A Ana Vieira canta cinco ou seis temas e em dois deles ela ajudou-me mesmo a compor as frases vocais. Está completamente integrada. E todos os outros elementos, como a Celina da Piedade, por exemplo, revelam novas facetas, estando completamente entregues».

«As novas músicas», prossegue, «foram compostas em movimento, com diferentes janelas sobre o mundo, o que me permitiu explorar diferentes emoções, diferentes olhares». Rodrigo confessa que se habituou a incluir na sua bagagem um par de auscultadores, um computador e um pequeno teclado com que foi escrevendo as histórias que agora se contam no novo registo que descreve como «mais introspectivo, nostálgico e melancólico». «Apesar de ter alguns temas mais alegres, este é um disco que eu fiz muito voltado para dentro,» assegura Rodrigo que inclui no novo trabalho marcas das suas viagens aos Estados Unidos, a Itália ou à Índia: «Gravei sons de rua, crianças a brincar, o canto de pássaros. Às vezes até só com o telemóvel», adianta.

O Cinema Ensemble continua a contar com Celina da Piedade, Ana Vieira, Viviena Tupikova Marco Pereira, Bruno Silva, Luís Aires e Luís San Payo, uma equipa imbatível tanto em estúdio, como em palco, local onde já se habituou a arrancar "bravos" e incessantes aplausos com a música que executa e que soa quase mágica.

Em 2009, Rodrigo Leão continua a escrever a sua história pessoal com música que o afirma cada vez mais como um compositor de excepção.

http://www.uguru.net

domingo, 25 de dezembro de 2011

Elisa Rodrigues & Júlio Resende - Estranha Forma de Vida


Elisa Rodrigues começou os seus estudos musicais em 1994, na Escola de Música da Costa do Sol, como membro do coro Pequenos Cantores do Estoril. Paralelamente aos Pequenos Cantores integra também o Coro dos Salesianos de Manique a partir de 1996 e começa aulas de guitarra.

Com apenas 15 anos, e algum contacto com repertórios clássicos, começa a interessar-se pela linguagem jazzística, depois de frequentar pela primeira vez o Workshop de Música de Cascais, leccionado por professores da JB Jazz.

Em 2003 entra para a escola de música Michel Giacometti, onde frequenta aulas de guitarra e Combo sob a direcção de João Rato. Dois anos depois inicia aulas de técnica vocal, com o professor Tiago Pereira Bastos.

Em 2007 participa como vocalista num projecto de nouvelle jazz, ELLE, em conjunto com José Dias (guitarra), Alcides Miranda (guitarra), Nuno Oliveira (baixo) e Alexandre Alves (bateria). É também nessa altura que conhece o pianista Júlio Resende com o qual tem vindo a trabalhar regularmente, em concertos um pouco por todo o país e no estrangeiro.

Em 2011 lança o seu primeiro disco, "Heart Mouth Dialogues", com Júlio Resende ao piano, Cícero Lee no contrabaixo e Joel Silva e Bruno Pedroso na bateria. 

Prepara actualmente um disco em parceria com o escritor Gonçalo M.Tavares e Júlio Resende, à volta da epopeia contemporânea "Uma Viagem à India". 

in http://smoothfm.clix.pt

sábado, 17 de dezembro de 2011

José Castro - Simple Simon


José Castro nasceu em Lisboa no ano de 1979. É um experimentalista megalómano. Começou por tocar bateria em grupo e guitarra sózinho. Hoje em dia pega no que lhe aparecer à frente e, se possível, da maneira menos ortodoxa. Sejam tubos de PVC ou uma guitarra portuguesa tocada com e-bow. Além da música faz cinema. Ou seja, rema contra a maré. Apesar disso já conseguiu com o filme “A Porta do Bosque”, ser premiado com um 1º lugar no festival de Vídeo da Sé de Faro. Tanto trabalhou em alguns espectáculos da companhia Sensurround de Lúcia Sigalho, como aderecísta e assistente de produção, como passou uma temporada de jardineiro, em parques e jardins de Londres. Durante esta altura nasceu a ideia e a maior parte das músicas do disco “Tree of Life”. As gravações do album terminaram no verão de 2004 e algum tempo depois realiza o vídeo clip “Simple Simon”. Neste momento está a compor e gravar.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ladrões do tempo - Mora na filosofia


LADRÕES DO TEMPO é o mais recente projecto de Zé Pedro dos Xutos e Pontapés que junta o nome de Paulo Franco dos DAPUNKSPORTIF, aos de Tó Trips e Pedro Gonçalves dos Dead Combo, Samuel Palitos dos já extintos Censurados e claro, Zé Pedro. O single é “Mora na Filosofia” do disco “Convidado: Zé Pedro”, trabalho acabadinho de lançar a 14 de Novembro.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Alma Fábrica - Para Que Me Recorde


Imagine-se um prédio devoluto. A fachada é a única coisa que resiste. Um prédio daqueles que abundam na cidade antiga, daqueles em que o conteúdo desabou e foi achatando com o peso do estuque, das paredes esfareladas e das tábuas que faziam de chão. São prédios curiosos, porque quem os observa da rua vê, muitas vezes, pelas janelas da fachada, o céu.

Imagine-se agora que após anos de estado devoluto, os serviços camarários decidem finalmente limpar o conteúdo para poderem demolir o que resta do edifício. Os bombeiros tratam da primeira vistoria. Por debaixo do entulho encontram uma porta para a cave e por trás dessa porta forçada pelos bombeiros há uma espécie de tipografia, ou oficina atarefada, presa no tempo mas funcional, produtiva.

A tratar disso tudo, quatro indivíduos, interrompidos na sua labuta. Não estavam presos nem eram figuras fantasmagóricas do passado. Notava-se a faísca do tempo presente nas peças que colocavam na vitrina perto do balcão. Entrava luz, som, ar e conversas pelas janelas rectangulares acima das cabeças – típicas das caves. É gente que tem horários, que traz o almoço de casa, que ora veste o fato-macaco ou trata da papelada. A única diferença é que recebe ordens de uma ALMA que supostamente trabalha nos andares acima, andares que são, na realidade, espaços amplos e céus que oscilam pelos caprichos do tempo. Esses indivíduos fabricam peças únicas, naperons de saudade, vasos de coragem, casacos de tristeza… de tudo um pouco, não por encomenda, mas quase por uma estranha comenda.

Aberta agora que foi a porta pelos bombeiros, está na hora de mostrar essas peças. Mas a oficina, essa, por estar ocupada e a funcionar, não foi possível despejar. Por lá, ainda se trabalha…

Embora a música possa ser considerada a face mais visível, a ALMA FÁBRICA não é uma banda. É um projecto audiovisual que congrega a força de três linguagens: o som, a palavra e a imagem. No lugar dos músicos há quatro operários e funcionários: Miguel Alves, Bruno Broa, Filipe Paradela e Bruno Cristo, interpretando os desejos e caprichos da ALMA. O registo é, por isso, intimista, típico de quem fala sobre si e sobre as suas emoções mais profundas.

in movimentoalternativorock.com

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dogma - Matar ou Morrer


Os dogma acabam de lançar o 1º single do seu primeiro LP "Matar ou Morrer".

Depois do sucesso do EP de estreia, surgem agora com a 1º Longa Duração a ser lançado em Setembro deste ano, da banda, que se estreou ao vivo em Setembro de 2007, no Porto, e tem actuado um pouco por todo o país.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Os Dias de Raiva - Sanguessuga


Os Dias De Raiva” são compostos por Paulo Franco, João Guincho, Nuno Espírito Santo, Fred Ferreira e Carlos Nobre, músicos que fizeram e continuam a fazer parte de uma série de bandas e projectos com destacada relevância em Portugal de há mais de uma década para cá: desde os Braindead aos Da Weasel, passando pelos Oioai, os Da Punk Sportif ou os Orelha Negra. O que une estes cinco elementos nesta espécie de “super grupo”, como alguma comunicação social lhes quis chamar, é a vontade incessante de criar música, surgindo esta aqui num formato pesado, que apesar de fresco e inovador não deixa de estar envolvido em referências comuns à totalidade da banda e que se prendem com sonoridades que lhes são caras, dos meados dos anos oitenta a meados dos anos noventa. Há uma urgência na música e nas palavras dos ODDR que surge na expressão criativa e física de um desconforto humano, social, instintivo, visceral e, já agora, gutural. Sejam bem vindos aos dias de raiva, sejam bem vindos “Os Dias de Raiva”.

in blitz.aeiou.pt
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