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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Margarida Pinto - Apontamento



Margarida Pinto é uma espécie de tesouro partilhado por todos quanto os que têm seguido nestes últimos anos a carreira dos Coldfinger. Dona de uma voz profunda, capaz de transmitir numa simples inflexão todo o espectro de sentimentos que se agarram a cada palavra, Margarida possui a enorme qualidade de aliar um subtil fraseado jazzy a algo mais indiscritível que lhe confere uma profunda originalidade. E essa é uma qualidade que a sua voz tem carregado desde que os Coldfinger, projecto que partilha com Miguel Cardona, se estrearam com “EP 01” no ano de 1999. Claro que, como acontece com as melhores coisas, esta meia dúzia de anos que se sucedeu à estreia discográfica, moldou-lhe a voz, a forma de a colocar e todos os recursos que é agora capaz de usar para a transformar em veículo de emoções, mensagens e melodias. A música é uma radiografia da sua alma, um tratado que nos permite ficar a conhecê-la ainda melhor. Sem truques. Sem artifícios. Apenas notas, organizadas ao sabor do sentir. E aquela voz nua, exposta à luz e carregada de força.

A Naifa - Esta Depressão Que Me Anima



A Naifa é um projecto musical português nascido em 2004, que conjuga as linguagens clássicas do fado com aquilo que podemos latamente chamar de pop (num sentido não depreciativo).

Suas canções são criadas a partir de poemas de autores portugueses como Adília Lopes, José Mário Silva e José Luís Peixoto, interpretados na voz de Maria Mendes.

O baixista da banda João Aguardela viria a falecer, em 20 de Janeiro de 2009, vítima de cancro no estômago, no Hospital da Luz em Lisboa.

JP Simões & Luanda Cozetti - Se Por Acaso


Boato é também uma viagem ao início da carreira de JP Simões e aos Belle Chase Hotel; em 2008 fez dez anos que o álbum Fossanova viu a luz do dia e essa era a deixa que faltava a JP Simões para trabalhar talentosamente um alinhamento que reflectisse estes últimos anos de música. Uma antologia gravada ao vivo, constituída por 9 temas já editados e 12 temas inéditos que contou com a colaboração de Manuel João Vieira em “A Canção do Jovem Cão” e de Luanda Cozetti no tema “Se por Acaso”.

Perante o extraordinário conjunto de canções, podemos tentar descobrir de onde surgiu o título para o disco, podemos pegar na frase «Dizem que o corpo não foi encontrado no meio de tanto bocado», uma passagem da canção “Lenda do Homem Pássaro” e pensar em Boato, mas nas palavras de JP Simões o nome do disco surgiu “entre outras coisas, da ideia de que quisesse perceber, através de um disco meio antológico, por onde é que andei e o que é que pensei durante todo o tempo em que construí estas canções, teria de me render à evidência de que tudo o que sei sobre mim são essencialmente boatos, verdades voláteis…”

Depois da obra-prima 1970, álbum inspirado nos mestres brasileiros, de Chico Buarque a João Gilberto, nunca esquecendo Tom Jobim, JP Simões volta a assinar um trabalho genial sem cair na tentação do “Best of”. Boato é um disco sublime que pisca o olho ao passado como reflexo incondicional do seu autor, mas que na sua essência é um disco novo com temas inéditos. Conceptual e brilhante.

Belle Chase Hotel - Sunset Boulevard



O projecto nasceu no fim de 1995. O nome foi extraído de uma passagem trágica do filme Down by Law de Jim Jarmush, por sugestão de Antoine Pimentel. O grupo era formado por Antoine Pimentel (Bateria), Filipa (Violino), João Baptista (Baixo), JP Simões (Voz), Luis Pedro (Piano, Bandolim, Acordeon), Marco (Saxofone), Pedro Renato (Guitarras), Raquel Ralha (Voz) e Sérgio Costa (Guitarra e Flauta Transversal). Após um espectáculo no festival de Paredes de Coura, receberam criticas favoráveis que deram origem a uma maior procura para concertos. Esta série de concertos precedeu o lançamento do seu primeiro disco, "Fossanova". Esse primeiro álbum foi alvo de uma reedição onde se acrescentou um segundo CD que além de versões de Telephone Call From Istanbul de Tom Waits e Goldfinger de John Barry ainda incluía remisturas a cargo do próprio grupo, dos Arkham Hi-Fi e de Alex FX. Foi também lançada a edição em vinil de "Fossanova" (edição limitada em vinil duplo, individualmente numerada de 001 a 500).

O segundo disco, "La Toilette des Etoiles", apresentava algumas mudanças em relação ao disco de estreia. Além do francês, presente no tema título, e do português de "São Paulo 451", o grupo voltou a investir no inglês e numa série de instrumentais, como em "Evil Rock”. Depois, canções como "Merry Go-Wrong", "The Perfume of the Stars", "Nimarói" ou "Not Searching for the Real Thing" exploram um imaginário onde a Broadway, o cabaret, o songwriting clássico e um sentido lírico muito próprio se cruzam em interessantes e imaginativos jogos. 

No concerto de 29 de Novembro de 2000 no TAGV, em Coimbra, os Belle Chase Hotel apresentaram a versão de "I Love You But I Don't Need You" de Momus. O tema foi gravado durante as sessões de gravação de "Donzela Diesel" incluido no disco de tributo a Rui Veloso.

O ano de 2002 marcou o regresso aos estúdios para a gravação do original "O Golo 451" para a compilação "CD Não Oficial do Mundial 2002", mas serviu também para que projectos paralelos aos BCH fossem levados a bom porto. Antes de entrarem em estúdio para gravarem o terceiro álbum de originais, os Belle Chase Hotel aceitaram o desafio de preparar um espectáculo diferente para integrar a programação de Coimbra Capital Nacional da Cultura 2003. JP Simões e companhia encontraram num grupo de fados, O Quinteto de Coimbra, os parceiros ideais para alargar o universo estético do grupo, que vai do tango à música 'lounge', do imaginário da Broadway e cabaret ao jazz e à soul, criando assim, uma simbiose perfeita com a sonoridade única da guitarra de Coimbra. O espectáculo "Mondego Chase" foi apresentado nos dias 13 e 14 de Março de 2003 no Teatro Académico de Gil Vicente.

Wraygunn - Lonely



A fusão de estilos, com especial destaque para inspirações vindas do blues e de sons de rock puramente americanos, ao mesmo tempo complementados por influências de estilos tão diversos como o hip-hop ou o funk, esta poderá ser uma das definições possíveis para o som criado pelos portugueses Wray Gunn. A designação escolhida surgiu da combinação entre o nome do músico Link Wray e o nome do personagem Peter Gunn, imortalizado na composição de Henry Mancini. Paulo Furtado(guitarra) é o protagonista do colectivo, depois de ter partilhado ao lado dos Tédio Boys um caminho singular que o levou até aos Estados Unidos da América. As viagens americanas de Furtado serão talvez a influência maior dos Gunn, podendo ser ouvidos nos acordes das guitarras claras evocações das raízes mais marcantes da música americana. Os Wray Gunn contam ainda com a participação do DJ Francisco Correia, de Sérgio Cardoso no baixo, Pedro Pinto na bateria,Luís Pedro Madeira nas teclas, e ainda com as vozes de Raquel Ralha e Miguel Pinheiro. O ano de 1999 foi o escolhido para a edição do primeiro registo dos Wray Gunn. "Amateur", um EP que, com seis temas, trouxe pela primeira vez à luz do dia as criações arrojadas dos Gunn, que logo conquistaram uma consistente legião de seguidores. Dois anos passados, apareceu no mercado o primeiro longa duração. "Soul Jam" editado em 2001 confirmou os WrayGunn como um nome a reter no panorama rock nacional. Três anos depois de "..Jam", os WrayGunn regressaram com "Eclesiastes 1:11".

Mário Mesquita Borges

Blind Zero - Shine On



Em 2000, resolvem entrar em estúdio para gravar "One Silent Accident". Neste disco, trabalharam com o produtor nova-iorquino Don Fleming (Sonic Youth, Hole, Posies, Screaming Trees, Teenage Fan Club, Gumball, Alice Cooper...). Um disco intemporal: a subtileza e encantamento de "Another One" e "Lately", a contemporaneidade de "Daily Matters", a corrente lenta e espessa de "Seeds", a emoção forte de "Then You Wait", a urbanidade psicadélica de "Low street side walk sequence" e a raiva incontida de "Hell Around".

Em 2002, gravam um dos mais emblemáticos temas de David Bowie: “Heroes”. Neste registo, reflectem a sua visão pessoal sobre duas pessoas separadas pelo Muro de Berlim que juram encontrar-se no topo deste.

Os Blind Zero escolheram o mês de Janeiro de 2003 para o início das sessões de gravação do seu novo disco de originais. “A Way to Bleed your Lover”, com participações de Jorge Palma e Dana Colley (Twinmen/ ex-Morphine), este disco é o reflexo de um novo momento. Um novo imaginário, atitude e um
enorme passo em frente na direcção do que de mais profundo se pode resgatar da melhor tradição de escrita de canções. Simultaneamente, um outro mapa sonoro, que substitui a aridez do anterior registo por ambientes mais planantes e trilhos sonoros mais densos e complexos, onde as emoções e as personagens estão, mais do
que nunca, no limite, no reflexo da pele, entre o negro e as estrelas.

Quase no fim do ano, na cerimónia de entrega de prémios do MTV Europe Music Awards 2003, realizada em Edimburgo, os Blind Zero vencem a categoria “Best Portuguese Act”.
Foi a primeira vez que a MTV atribuiu um prémio a uma Banda portuguesa. Em Dezembro, “A Way to Bleed your Lover” foi considerado o disco do ano por parte da imprensa especializada. Os Blind Zero
foram, também, eleitos a melhor Banda ao vivo do ano.

2005: o ano de “The Night Before and a New Day”.  As críticas aproximam-se da unanimidade: um dos melhores discos do ano, o melhor disco de sempre dos Blind Zero. “Shine On” foi escolhido pela marca Playstation para publicitaro seu novo jogo “Tekken 5” (a primeira vez para uma banda portuguesa).

Blind Zero - Trace



Os Blind Zero nasceram em 94, numa daquelas salas de ensaio ou numa daquelas garagens. O seu primeiro EP "Recognize" (95) esgotou em apenas nove dias e tornou-se uma peça de colecção.
O álbum "Trigger" (95), primeiro trabalho de originais, produzido por Ronnie S. Champagne (produtor de Los Angeles que havia trabalhado com bandas como Jane´s Addiction, Alice in Chains, Remy Zero e Deconstruction) teve o condão de agitar o panorama musical português de uma forma que poucos poderiam prever.
Foi o primeiro disco de Rock de uma banda portuguesa a atingir o galardão de disco de ouro.

O ano de 96 revelaria uns novos Blind Zero: "Flexogravity" (EP), um disco com muito de experimental e de fusão, partilhado com a banda de Hip-Hop "Mind da Gap"; Rock, Hip-Hop, Industrial, Trip-Hop, Cabaret. Esta junção, surpreendente e inovadora para muitos, foi reconhecida como o EP do ano.

Era altura para um formato mais acústico. "Transradio", um dos primeiros Enhanced CD (CD Extra) europeus, traz-nos o lado mais introspectivo dos Blind Zero, conjuntamente com muito material interactivo. Gravado ao vivo na Antena 3, transporta-nos para o lado de dentro das canções, mutuando-as de encontro à sensibilidade de quem as criou e recriou.

Meses mais tarde, foram convidados para participarem no SCYPE ("Song Contest for Youth Programs in Europe"), festival que reúne bandas de todo o continente europeu. Gravando propositadamente um novo original ("My House"), ganharam o concurso.

Dois anos após a edição do seu primeiro álbum, os Blind Zero começam as sessões que resultariam em "Redcoast" (97). "Redcoast" é mais do que Rock; é uma mistura de ambientes, sons, emoções e, mais importante que tudo... boas canções.

Depois de "Redcoast", gravaram com Mário Caldato o tema "The Wire". Conhecido por produzir artistas como Beck, Beastie Boys, Money Mark, emprestou os seus créditos ao projecto "Tejo Beat" (98), disco que reuniu algumas das mais relevantes bandas do meio musical português num único e irrepetível trabalho de originais.

Blasted Mechanism - Swinging With The Monkeys




Os Blasted Mechanism nasceram em 1995, por ideia de Valdjiu e Karkov, como uma banda diferente no espectro musical português. Auto-definem-se como um projecto artístico de música tocada por seres de outro mundo. Sobressaem-se do panorama musical pela sua imagem forte extravagante e por uma música caracterizada pela fusão de músicas do mundo, incorporando elementos tradicionais de vários países do mundo, como por exemplo, na música We do álbum "Sound in Light", onde é possível ouvir guitarra portuguesa tocada por António Chainho, com música rock electrónica. São conhecidos também por inventarem e construírem alguns dos instrumentos que utilizam como a Kalachakra e o Bambuleco, os quais vão buscar alguma inspiração à cultura oriental.

Em 2002, pela primeira vez na história da MTV, os artistas portugueses têm direito a uma categoria exclusivamente dedicada ao reconhecimento internacional do seu trabalho de nome “Best Portuguese Act” nos MTV Europe Music Awards e em 2003 os Blasted Mechanism são uma das cinco bandas portuguesas nomeadas para o prémio. Em ambos os anos o prémio foi arrecadado pelos Blind Zero.

Em 2005 voltam a ser nomeados para o prémio Best Portuguese Act nos MTV Europe Music Awards. Os The Gift levam o prémio para casa.

Em 2006 são galardoados com o globo de ouro, pela SIC, como melhor banda Portuguesa.

A 19 de Março de 2007 surge a quinta geração da banda e o lançamento do quarto álbum de originais. Unite The Tribes são as palavras de ordem neste novo trabalho, intitulado Sound in Light com um formato inovador em Portugal. Este álbum foi produzido por Ary, baixista da banda, no estúdio da Label Toolateman, e gravado e misturado por Db e Ary no estúdio Praça das Flores e foi lançado no formato CD multimédia, o qual contém uma hiperligação onde é possível fazer download de um outro álbum, este em formato digital mp3, com 10 faixas, intitulado Light in Sound.

Neste novo trabalho a banda contou com a participação de vários convidados especiais, nacionais e internacionais, como António Chaínho, Rão Kyao, Dani Macaco (ES), Transglobal Underground (UK), Nidi D'arac (IT), Gaia Beat(PT) e a Kumpania Algazarra.
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