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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

David Pires - Passo Noites


É como acordar de um longo coma e ver carros voadores, animais falantes, mulheres sufragistas, bateristas inteligentes.

O homo sapiens da música, manobrador de baquetas como quem brande instrumentos de osso: esqueçam esse paradigma. David Pires é baterista e simultaneamente inteligente e sensível. Como pode isso ser? Como podemos apagar tantos anos de fracas anedotas e fortes preconceitos? A resposta é um conjunto de canções, um conjunto de momentos inspirados e bem trabalhados, um conjunto que é o David a solo. Homo sapiens sapiens melicus.

Parece-me óbvio que há aqui África, de quem lá viveu e não de quem se besunta de autobronzeador. Há veterania, de um Pires musical mais velho que o Pires cronológico. Há a surpresa dentro da surpresa, como um ovo de chocolate com matrioskas de brinquedos consecutivos. Há ainda o indizível, que é bom quando é por coisas boas. E o EP do David é coisa boa.

Tudo cuidado: voz, arranjos, escrita, produção. Tenham cuidado: quem assim tão bem se estreia quer, decerto, dominar o mundo. Preparemo-nos para o David Pires, suas canções e carros voadores.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Capitão Fausto - Teresa


Façam este exercício mental, andar em cima de uma Gazela agarrados aos chifres a uma velocidade de 70kmh, qual seria a vossa reacção? Gritar? Espernear? Levantar as mãos bem alto de felicidade? Contar a toda a gente que o fizeram?
Se responderam sim a todas as perguntas feitas anteriormente, é exactamente isso que vai acontecer a ouvir o disco dos Capitão Fausto!
Reúnam toda a gente que conhecem, digam que vão estar presentes Jimi Hendrix, Arctic Monkeys, Carlos Santana, Gentle Giant, Pink Floyd, Can, John Coltrane, The Doors, os Tame Impala ou mesmo os Beatles, digam que vai haver comida mexicana, fruta fresca e mucha fiesta!
Tomás Wallenstein na guitarra e voz, Domingos Coimbra no baixo, Manuel Palha na outra guitarra, Francisco Ferreira nas teclas e Salvador Seabra na bateria cortam a Gazela ao meio numa explosão de cor num disco que se divide em dois mundos muito particulares com um toque de classe e subtileza na faixa titulo e que separa a Gazela.
Há muito tempo que não havia nada tão refrescante no panorama musical português, e a celebração tem de ser feita. Gazela, o primeiro disco de Capitão Fausto, vai levar a casa a arder, mas ninguém vai parar de dançar, e quando o folêgo acabar ainda vai haver tempo para embarcar numa viagem psicadélica e espacial de um pop progressivo até ao merecido descanso. (Pedro Moreira Dias)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Lacraus - Um Peito em Forma de Bala


Os Lacraus são de 2006 (embora tenham começado a tocar juntos em 1993). Tocam um panque-roque infantil feito das guitarras, da bateria, do órgão e das vozes (os Lacraus derretem-se pelas vozes em harmonia - uma coisa muito Stevie Wonder, estão a ver?). Os quatro (Guillul, Guel, Cado e Ben) alternam entre os instrumentos.

Os Lacraus cantam sobre muitos temas mas principalmente sobre Deus, mulheres e crianças. Em português porque, até à data, consideram saloio fingir que não é nesta língua que lhes ocorre dizer as coisas. Mas atenção, os Lacraus são uma banda bastante pró-americana e não têm nos seus projectos tocar na Festa do Avante.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Armada - Charanga é Rock n'Roll


Jovem: se queres ficar sossegado, fica lá fora. É que é da Armada que se trata. Não é coisa de meninos. Não é pop de não me toques; é rock de anda cá que eu não te aleijo. Há reminiscências de há 20 anos, há influências ainda mais antigas. Não é coisa de modas. É ritmos e rifes, de sempre em frente e toma lá; letras com pés, cabeça e muito coração. Guitarra suja, batida rápida e baixo direito ao assunto. O refrão não deixa dúvidas: charanga é rock n’ roll.

Juntos desde 2009, Pedro da Rosa, David Pires, Zé Pedro Baptista e O Matos ameaçam que haverá disco em breve. Esperemos que não seja uma ameaça; queremos que seja uma promessa.

domingo, 6 de novembro de 2011

Noidz - O Pastor


Foi possivelmente um dos primeiros projectos nascidos em Portugal que desde o início se pretendeu espraiar por diversas plataformas. A música, no entanto, era o que estava no centro pelo que, logo após os primeiros ensaios, a prioridade foi criar um enredo interessante que inspirasse as letras e uma marca passível de viajar pelas actuais e futuras tendências de entretenimento do público jovem. E já que a “cama” instrumental surgida nos ensaios apontava claramente para uma toada electrónica, o enredo tinha de ser coerentemente futurista. Por outro lado, os aromas “rock” que aqui e ali penetravam as camadas de electrónica, puxavam às tonalidades épicas. 

Uma fantasia épica de ficção científica, com passado, presente e futuro começa a ser concebida em finais de 2006. Os músicos recebem personalidades, atributos e super-poderes próprios, em coerência com o seu papel criativo na sala de ensaios. É assim que o universo Noidz começa a ser definido. Quem, o quê, quando, porquê, de onde e para onde. 

Origem

Numa galáxia distante, a 20.000 anos-luz de distância, um planeta desconhecido chegou a um fim abrupto após milhões de anos de evolução. Cinco criaturas alienígenas que sobreviveram miraculosamente à extinção, estão hoje na Terra. Vivem entre nós. 

Chamam-se a si próprios Noidz! 
Como chegaram? 
Onde habitam? 
O que querem de nós? 

Ninguém parece saber mas também… ninguém parece estar sequer interessado. 
A sua vontade própria permanece desconhecida mas se os interessados forem suficientemente astutos e seguirem as pistas deixadas em vários meios, virtuais e reais, verá que eles adoram a criatividade humana e querem devolver algo aos habitantes do planeta terra. 

Querem criar a geração seguinte.
Querem escolher-vos como humanoidz.
O cenário está definido. Conheça agora os personagens. 

Zork 

É o General e comandante do exército. Simboliza a liderança, é forte e poderoso. Mestre das ilusões mentais, pode controlar a mente humana.
A sua personalidade divide-se: Timoneiro Nocturno ou ditador?
Zork é mestre em todos os instrumentos musicais.

Monkka 

É o escravo de Zork, o seu braço-direito. É um projecto inacabado programado por Zee, Metade besta, metade máquina é o mais forte dos Noidz. Traumatizado, vive com o seu eterno dilema: ser simultaneamente predador natural e sobrevivente racional. Teme Zork e permanece eternamente obediente a Dr Zee. Um caçador solitário.
Monkka é o enjaulado baterista selvagem. 

Dr Zee

Possui conhecimentos científicos, é o génio intelectual. Físico e engenheiro electrotécnico, assume a posição de mentor tecnológico. É o inspector de dados, mestre digital, conector do mundo e o cérebro por trás das ideias de Zork.
Dr. Zee é o DJ hipnótico. 

Zdion

É o visionário, pode ver o futuro. Como soldado honrado, hábil piloto espacial e mestre de armas letais, adora lutar. Está a recuperar de amnésia e sente-se abandonado. Só sabe que a sua ira continua a crescer. Quer vingança.
Zdion é o “guitar shredder”. 

Lunattika

É tida como a irmã gémea de Zdion. Parece-se com uma humana mas é uma criatura hermafrodita. Apesar da sua orbita solitária, quer ser uma Deusa. O seu grande poder é a capacidade de se teleportar mas também consegue viajar deslizando na electricidade. Tem capacidades de hipnose e telepatia. É mais rápida do que os companheiros e é a única Noidz que pode voar.
Lunattika gosta de soltar sex-appeal em palco.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Bicho do Mato - A Ratoeira


Quatro músicos de diferentes ambientes musicais decidem encontrar-se a meio caminho e procurar pontos de referência comuns, sempre com os pés na terra e as ideias em levitação. Tó-Zé Bexiga (Uxu Kalhus, No Marzuka Band), Zé Peps (Pucarinho, ZAP), Daniel Catarino (Uaninauei, O Rijo) e Bruno Cintra (Agora Teatro) misturam o tradicional com o inconveniente, o popular com o extravagante, temperado na panela do caos com espargos e instrumentos de fácil transporte que podem soar acústico ou eléctrico, no palco ou na sala de estar.
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