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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Coldfinger - Supafacial
Quando ouvimos a primeira faixa do novo disco dos Coldfinger, surge a questão, se será Coldfinger? Pelo menos, parece a Margarida Pinto... Em pouco tempo tudo se esclarece, percebem-se os Coldfinger, percebe-se a Margarida Pinto e percebemos que se trata de “SUPAFACIAL”, o novíssimo single, para o novo álbum dos Coldfinger, “SUPAFACIAL”. É Coldfinger!
Para aqueles que seguem a banda desde a sua estreia em 1999 com o “EP 01”, a estranheza inicial dissipa-se facilmente. Afinal, já nessa altura os Coldfinger nos apresentaram de forma compactada o largo espectro de emoções e atitudes que são capazes de transformar em música. Em 2000,com o álbum de estreia “Lefthand”, levaram-nos numa viagem em contramão ao íntimo dos Coldfinger, aos recantos fumarentos da sua sonoridade, onde a voz de Margarida Pinto surge suave e limpa sobre a rudeza das máquinas, nas produções envolventes e intensas de Miguel Cardona. Em 2001, “ Return to Letfhand” traz-nos novas visões deste mundo pela mão de vários remisturadores. Em 2002, dão um passo na direcção da luz para nos trazerem “Sweet Moods & Interludes”, o segundo álbum de originais, que revelou uns Coldfinger amadurecidos, de sonoridades quentes e circunspectivas, conscientes. Em 2003 editam “Live Coda” um disco gravado ao vivo numa apresentação intimista e despretenciosa, despido de artifícios. Sempre conceptuais, com esta edição os Coldfinger fecharam um ciclo. Como a Coda indica. Colocaram-se num ponto estacionário e remeteram-se ao silêncio,ao início.
É assim que cinco anos passados sobre a última edição e com nova formação(Miguel, Margarida, Nuno e Ruca), os Coldfinger, voltam para nos surpreender.
“SUPAFACIAL”, talvez por ser o primeiro dos temas é o que mais nos surpreende, de resto este é o tema que serve de mote ao álbum. Depois, bem... Depois aproveitam para fazer contas com o trip-hop de Bristol abrindo novas pistas em discurso directo e curto, passam pelo “ discopunk” contagioso, pela pop atrevida servida na voz sensual de Margarida, e por temas em que a vertigem do passado se ilumina para um reencontro dos Coldfinger com a sua própria história.
“SUPAFACIAL” é uma forma de estar, uma afirmação desprendida da consciência do valor superficial das coisas e, porque não, também da música. O constatar do valor facial da música. Como o da moeda. E que duas outras coisas fariam girar assim o mundo?
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